quarta-feira

A comentadora

Já li isto por aí, não sei bem em que blogue (se calhar lembrava-me se fizesse um esforço, mas acabei de comer uma pratada de salada de pepino e estou a arrotar e tenho a sensação que algo mau pode acontecer se eu forçar o que quer que seja), que é isto de associarem Portugal a futebol. Tem uma certa piada quando se está no cu de judas e em vez de um olhar em branco, fazem um sorriso satisfeito e dizem Figo ou Ronaldo (irrita-me que não digam Cristiano, que vai mais com os meus gostos estéticos e ordenadores das celebridades, Ronaldo é o gajo com o lapso entre dentes). Mas a certa altura é um pouco, o que é que eu tenho a ver com isso. O Petit vai pra Colónia, para um clube que veio da segunda divisão. Comentários da portuguesa de serviço... Ora bem, estou com calor, apetece-me um gelado e Petit como o nome indica é pequeno, o que pode explicar muita coisa. Obrigada.

terça-feira

Gone are the days, the nights



And since I met you
I've had no reason to hide
And since I left you
I've had no reasons to fight
Why?

Gone are the days, the nights
The hands that held the life
The life that I had tried to find
I must be losing my mind
Every time
I must be losing my mind

My research was flawed

Um cientista espera algo e este expectável tem que ser muito cuidadosamente gerido. Se o que se espera dá certas linhas por onde orientar a investigação, o expectável tem de estar constantemente a ser interrogado, para que o expectável não contamine o que se encontra. O que se espera diz onde cavar, mas quando se cava, a terra deve ser só interrogações.



A página do artista

...clicar na imagem para aumentar...

segunda-feira

Linguajar cientifico, mais ou menos

A esperança tem o risco associado da desilusao. Esse risco é exorbitante quando está associado a pessoas. Neste ponto da campanha de observaçoes, que se realizam há trinta e tres anos na estaçao Abrunho, conclui-se que a esperança pessoal de melhoria perceptível da personalidade é possível. Contudo, a exo-esperança é objetivamente uma imbecilidade.

sexta-feira

idiossincrasias

Em Portugal ainda se diz bom como o milho? Ou há outras formas de dizer que há um ser humano a passar que nos transtorna as hormonas? Na Alemanha a expressao é picante como uma ratazana. Nao me perguntem, mas afinal porque é que o milho é assim tao bom? Também nao se percebe.

O CONTEXTO

Das páginas da Arts & Letters Daily chego a um artigo sobre a "inquisição" nos Países Baixos (a escolha da palavra é do cartunista). É uma história requentada de cartunes e liberdade de expressão e estava preparadinha para gritar Aqui D'El rei.

Foi o que fiz aquando dos cartunes dinamarqueses, mas já naquela altura recuei um pouco quando soube que o jornal em que publicaram os cartunes era de extrema-direita e tinha historial de provocação de minorias. Os cartunes não me pareceram dizer mentiras e julguei na altura que era altura dos muçulmanos se darem conta da imagem que todos nós estavamos a criar deles, devido a posturas violentas em nome da sua religião que vezes sem conta nos vinham de radicais muçulmanos, que poucos muçulmanos vinham contradizer. Viu-se um esforço monumental em usar violência para manifestarem-se contra ideais do Ocidente, mas pouco esforço para se manifestarem contra aqueles entre eles que semeiam destruição. Aqueles cartunes eram uma mensagem necessária para os muçulmanos.

Mas quanto aos tais ideais ocidentais, como a liberdade de expressão, é altura de pôr contexto nessa liberdade. Este artigo serve bem para eu dizer que não me parece que a liberdade de expressão é total. Depende do contexto. O artigo dá-nos conta de um desenhador que é obcecado por muçulmanos. Repetidamente ele desenha cartunes contra os muçulmanos e associa cenas provocadoras de sexo que não dizem nada para além de que ele quer provocar. Ao contrário dos outros cartunes que expunham uma crescente associação nos olhos ocidentais de praticantes de uma religião e violência, que dá possibilidade a introspecções e análises. Neste caso é só provocação e porque continuada, acaba por ser o esforço de denegrir uma porção de seres humanos. Somente isso. Além disso, na actual dificuldade de relacionamento na Europa, a sua actividade passa a incitar sentimentos perigosos e desincentivar compreensão. Neste contexto parece-me bem que o chamem à justiça.

O cartunista diz que a beleza está nos olhos de quem vê e assim se defende, mas aqui não se trata de beleza, mas de uma mensagem. A mensagem dele é univocamente anti-alguém. E não foi só um cartune, foi uma linha de montagem sobre um grupo determinado de pessoas.

No artigo dão dois exemplos de sensibilidades a serem postas em causa.

In Britain, a local police force got caught up recently in a flap over its use of a German shepherd puppy to promote an emergency hotline. A Muslim councilor, noting that dogs are viewed as unclean in Islam, complained that the puppy could turn off believers. The police force apologized and regretted not consulting its diversity officer.

In Switzerland, meanwhile, a bombastic anti-immigration political party is campaigning to ban all Muslim prayer towers, known as minarets. This week it gathered enough signatures to force a national referendum on the issue. The Swiss government says such a ban would violate freedom of religion and pose a security threat by provoking Muslims.


O caso na Grã-Bretanha parece-me empolado pelo jornalista. Fazem uma campanha que quer chegar a todos e um representante muçulmano queixou-se (ou chamou a atenção?) que a campanha talvez não atingisse os muçulmanos. So what, qual é a novidade que uma campanha de informação ou publicidade tem de ter em atenção os seus receptores, para ter a certeza que é ouvida?

No caso da Suiça, o problema são mesmo os suiços e a sua intolerância.

Há uns tempos quando deixaram de fazer uma peça de teatro, penso, na Áustria, penso, porque lá pelo meio referenciavam aspectos religiosos, que eram não só da religião muçulmana, mas também cristã, achei mal terem cedido, porque o intuito não era provocatório e a mensagem era muito mais vasta.

A minha conclusão é que a liberdade de expressão deve ser analisada na mensagem a jusante e a jusante está o que o receptor pode retirar. Se o receptor só pode retirar tribalismos básicos, a mensagem incita a uma atmosfera de divisão e finalmente violência. Isto para mim é crime. Pode ser um crime água mole em pedra dura tanto bate até que fura, mas lentamente pode matar. E nisto vem-me Ruanda à cabeça.

quinta-feira

CLAP CLAP CLAP CLAP

Contra o pensamento ocioso.

Graças ao altíssimo, que estou farta de tanto texto de queixume sem visao activa. Se os artigos de opiniao reflectissem o portugues comum, entao o país Portugal seria ainda pior que aquele pintado nos artigos de opiniao. Só se pode esperar que os portugueses nao leiam jornais, para nao serem mal influenciados.

Petição STOP ao Cancro do Cólo do Útero

Todos os anos 50.000 mulheres são diagnosticadas e 25.000 morrem devido a cancro do cólo do útero. A existência de programas eficazes de prevenção podem prevenir a grande maioria destes casos.

Assine a Petição STOP ao Cancro do Cólo do Útero, para chamar a atenção do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e de todos os Governos Nacionais da Europa para implementarem programas de rastreio organizados contra o cancro do cólo do útero que providenciarão uma proteção mais eficaz contra o cancro do cólo do útero em todas as mulheres da Europa.

I can not get enough:

quarta-feira

A nova estrela pop

Há tanta coisa nas pessoas que não percebo, apesar de ter herdado os miolos na minha família (swallow that thought), que me põe feliz de ter tido a inteligência de me dedicar a estudar a natureza. O Obama vem a Berlim. Estão à espera que apareça um milhão de almas para o ouvir. Ou a quantidade de americanos na Alemanha extravasa qualquer censo, ou eu não entendo porque é que as pessoas não se põem a ver um filme da Disney no conforto de suas salas, em vez de ir ouvir um homem que vai dizer tanta coisa lamecho-política, com o ar de quem acredita, que num mundo lógico, borboletas nasceriam de sua boca e se desintegrariam nos ares. O Obama é o estilo de gajo que mandaria uma carta a declarar guerra ao Irão com coraçõezinhos nos is. Esta necessidade parva das pessoas de erigirem estrelas faz-me passar da molécula.

P.S.: agora vou ouvir X&Y dos Coldplay a ver se acalmo a molécula. Licencinha.

terça-feira

Opá, deixa-me rir

Fiquei muito curiosa quando ouvi falar sobre um editorial do Sr. José Manuel Fernandes e uma sua pergunta:"Será o seu número [famílias monoparentais] desproporcionalmente maior entre as comunidades africanas?" Porque haveria isto de lembrar a alguém com os pés assentes em Portugal? Continua-se a ler o editorial e chega-se a Obama e percebe-se que o José Manuel Fernandes está a par das preocupações americanas.

Assim, não só os jornais portugueses estão apinhados de opiniões, estas são requentadas com preocupações e problemas sociológicos de países estrangeiros. Fica-se a saber que se um grupo de pessoas tem tendências criminosas e têm a mesma cor de pele, mesmo que vivam em dois países com vivências muito diferentes e em que as duas comunidades africanas têm histórias pouco similares, de tal forma que provavelmente só a palavra "africana" é que as aproxima, no entanto, pode-se, com toda a probabilidade, usar a mesma explicação para a sua criminalidade. Como isto é tão idiota, que chega a ser não comentável, vou-me rir.

Li o editorial através do Womenage a trois. Obrigado pela disponibilização.

segunda-feira

Isto é um caso de polícia

A minha grande questão sobre o passado da Quinta da Fonte é se as pessoas responsáveis pelo alojamentos viram, para lá da real pobreza dos alojados, o seu cadastro.

E depois para o futuro, em vez de andarem a falar de pacificar comunidades, eu gostava de saber se estão a investigar quem tem/usou armas e pô-los a andar. Essa conversa-bem de pacificar pessoas que recorrem a armas para resolver desavenças parece-me não efectivo e extremamente estúpido.

Às armas, Às armas

A parte desalojada da Quinta da Fonte diz: "«Somos cidadãos portugueses, não somos imigrantes. Por isso temos Bilhete de Identidade, por isso votamos. Queremos que o Governo trate dos nossos problemas como trata dos dos outros. Não podemos ser discriminados»."

Isto é fascinante, porque faz-me sentir muito discriminada. Eu nao sabia que o governo devia resolver os meus problemas e, como portadora de BI e de cartao de eleitor, quero aqui comunicar que estou a redigir um documento que enviarei em pouco tempo com todos os problemas que quero que me sejam resolvidos. E se nao me responderem, bem, vou á Quinta da Fonte, compro uma arma e acampo á frente de um sitio qualquer. Estao avisados.

Bom jogo

Então portantos a notícia é que pretos e ciganos andaram aos tiros e os pretos ganharam. E agora os ciganos querem que os beges lhes resolvam os problemas que os pretos lhes arranjaram. É assim? Portantos, balanço do jogo antes do prolongamento: pretos 1, beges 0.

Minúsculo ensaio comparativo da retrete


Tenho experiência de três tipos de retretes. Isto demonstra que tenho de fazer um esforço para visitar outros países, para lá desta parte a que chamam ocidente. Mas devo dizer que prefiro o tipo de retrete que usam em Portugal. A retrete em que a merda cai sobre uma saliência, para que possa ser analisada, não me interessa, pois eu por sistema não olho para a merda que faço. Depois aquelas que têm água quase até à borda, provavelmente para guardar as pessoas de limparem o que quer que seja, são ainda piores. Haverá pior sensação que ser salpicado no rabo pela merda que se está a fazer? As retretes em Portugal são um meio caminho muito bem apiaçado. Será que implicou estudos da provável trajectória do projetil?

domingo

A escola é um ponto de partida

A Sabine que me vai enviando notícias de por aí, enviou-me certas e insultuosas opiniões da Sra Filomena Mónica. Em experiência própria, venho de uma família que de uma geração para outra passou de elementos analfabetos, para uma geração que acedeu à Universidade. Eu não me considero a mim ou aos meus irmãos medíocres, bem pelo contrário. A escola não me ensinou tudo, nem penso que a escola nos possa ensinar tudo. Passei por escolas públicas sem excelências, mas que me abriram horizontes que os meus pais não podiam. Os meus pais simplesmente mandaram-nos para a escola e eu e os meus irmãos resolvemos seguir o que ela nos mostrou. Eu só segui por vontade própria e não sei o que é não ter essa vontade. Desde que me lembro gostei de aprender e sempre quis ir para a Universidade e continuar a aprender e continuei para lá da Universidade. A escola não matou essa sede, só a alimentou, mesmo que não tenha tido professores que me exigiram excelência. Tive professores calões, aplicados, cansados, parvos, fantásticos, motivados e desmotivados, professores que metiam baixa durante um ano completo, que falavam da sua vida privada em vez da lição, e no entanto sobrevivi. Tive professores que por vontade própria nos mostravam livros e jornais, imagens e comidas de outros países, para lá das suas línguas, nos diziam que mesmo que lessemos sem parar, nunca conseguiriamos ler todos os livros do mundo e eu abri a boca em deslumbramento com todos esses livros que nunca poderia vir a ler, mas insaciável para poder ler o maior número possível. Professores que montavam aulas-extra para apoio no seu próprio tempo ou que nos levavam em excursões para ver pedras e nos diziam que as pedras não eram só pedras, mas tinham mensagens muito antigas. Como poderiam os meus pais ter-me dito que uma pedra é mais que uma pedra? Frequentei escolas em pré-fabricados permanentes, onde tinhamos frio, escolas sem espaços comuns deixando-nos na rua à chuva, sem bibliotecas, escolas longe de casa, exigindo que me levantasse muito cedo e retornando muito tarde, sem tempo para estudar. E no entanto a escola que tive conseguiu deslumbrar-me. A questão é que a escola mostrou-me o mais que existia. A escola não me fez, mas mostrou-me o que poderia ser caso eu quisesse. Dizer que o 25 de Abril fechou portas é cuspir na realidade de pessoas como eu e os meus irmãos. O 25 de Abril disse tu podes. Portanto, movam as objectivas para as pessoas e para as suas ambições. Eu desconfio que se há um problema (não estou certa dessa mediocridade generalizada) o grande problema não é a escola, mas um mundo em que as pessoas pensam que o saber vem empacotado e pode ser injectado, de um mundo que pensa que o conhecimento é passivo. De um mundo que está à espera que a escola seja um lugar que enfia saber pela boca abaixo, em vez de ser o sítio que nos diz que um livro é mais que papel, que nos mostra num microscópio uma realidade paralela, que nos fala de perspectiva e nos diz para olhar para o horizonte com olhos de artista, que nos conta de guerras e atrocidades e nos põe a questionar a humanidade, que nos fala de um senhor de oculinhos redondos que escreveu "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" e nos dá a autoridade desse sonho, apesar de nos sentirmos pequenos. Se calhar o problema é pensar que a escola em termos de conhecimento é em si um fim em vez de um ponto de partida. O sonho e a obra são coisas nossas, não dos professores. E se as pessoas não querem sonhar, nem obrar, não é a escola que as vai obrigar. Se calhar o problema é que as pessoas esqueceram que houve um tempo em que não se podia sonhar e veêm o sonho como adquirido e desprezível.

Se vamos falar na "raiz do mal da educação", que é o título expectável na nossa excelente imprensa, eu penso que este está em pessoas que vivem numa sociedade que prima pela mediocridade, visível, por exemplo, em veículos de informação péssimos, apinhados de opiniões medíocres, em vez de factos sobre os quais possamos nós próprios pensar. Não há professor que consiga remar contra isto. A minha pessoa já não se irrita, só desespera. E sonho que antes de fecharem as faculdades das ciências de educação, expulsem primeiro os opinionistas de tudo e de nada para onde deviam andar: a blogosfera.

sábado

fadela

Hoje ia a andar pela rua e dei-me conta de uma coisa. Assim, num repente, enquanto cheirava a rua molhada de fresco e fazia aquele ar satisfeito com certas coisas que acontecem à minha volta, como um gato anafado que encontrou o canto perfeito ao sol para lamber as partes privadas. Dei-me conta que não há significados ou sentidos ou direcções. Não há. Somos nós no nosso pequeno mundo que damos nomes e categorizamos e agrupamos e agora que me dei conta desta evidência que só não apanhei na adolescência porque estava demasiadamente ocupada a achar que sabia tudo, tenho muita pena de mim, porque o que eu faço é dar nomes e categorizar e agrupar e suo muito a fazer isto e fico nervosa e chateio-me e cenas. A questão agora é saber em que canto morrer. Porque viver é este lamber de partes. E se Deus estiver a prestar atenção a nós não lhe tenho respeito. Tenho poucas certezas senão mesmo nenhumas, mas uma coisa sei: há coisas mais interessantes para fazer no Universo.

quinta-feira

Lamúria

Ah, tanta coisa que não me interessa...

terça-feira

Insonho

Às vezes nas noites de insónia coloco uma mesma canção a repetir-se noite fora. Pela noite os mesmos sons e eu segui-os de coração, a canção recomeça e eu segui-a todas as vezes pela noite. Hoje, por exemplo, tenho Between the Bars de Elliot Smith, mas como é um pouco ensonada, já fiz batota com os Angeles. Já notaram que os sons mudam consoante a hora e a noite? Há noites em que os sons vêm de muito longe, mas são estranhamente nítidos, como se a estação de comboios fosse mesmo ali ao virar da esquina e não do outro lado da cidade. É assim em todas as cidades, com os comboios a espraiarem-se à noite. Na outra noite ouvia-se um som repetitivo como alguém a bater metal em metal, um som imaginado a sair de uma prisão e eu forcei-me a sentir que devia ajudar a pessoa, que bateu metal em metal até às 6 e 12 da manhã e eu segui o som noite fora pela manhã e não vi se era alguém a pedir ajuda. Não era o vento, não podia ser o vento, eu o teria ouvido. O som do metal desvaneceu-se e eu fiquei acordada com a manhã. Este fastidio da noite, a ilusão da solidão e do eco e eu num espaço pequeno a repetir os mesmos sons distraindo a noite na minha insónia. Não sei explicar o contentamento que por vezes me submerge neste pequeno mundo de sons distintos, repetitivos e ecoados. São 4 e 13 e ouvi o primeiro pássaro. A cacofonia da manhã começa.

segunda-feira

Estupidamente bom

Este fds vi um filme, que ainda nao consegui esquecer. O mais esquisito é que esta foi a segunda vez que comecei a ver o filme, a primeira desistencia por KO de aborrecimento. Assim, de novo me veio o DVD parar á mao e de novo me sentei a ver o filme. Desta vez vi o filme todo e na cena final levei um balázio. Assim, pimbas, toma que já aprendeste. Este filme foi como estar a fazer um puzzle sem saber que imagem teria no final e quando o puzzle está feito, tem-se a pergunta á resposta e a resposta dispersa pelo filme. Logo, estou até agora a catar as respostas pelo que me lembra do filme. Um filme que me aborreceu quando o vi, desvaria-me de interesse quando o lembro. Isto nao se admite.

P.S.: É o estúpido do Caché do idiota do Haneke.

quinta-feira

Estou muito sábia hoje

Opinar é hoje o equivalente ao catar piolhos ontem.

terça-feira

Fase

Eu ando por aqui, mas fui acometida por um sentimento de alienaçao. Isto resulta na incapacidade de me sentir indignada ou de dar importancia ás minhas opinioes. Isto, eu sei, é gravíssimo.

Escrevi um poste na semana passada e anulei-o pouco depois. As palavras eram-me estranhas. Estas que escrevo agora sao estranhas. E no entanto, continuo a funcionar, ainda que sem opiniao e sem capacidade de indignaçao. Nao sei como, mas é possível.

Mas isto nao é só no escrever, é também no ler. Passo pelos blogues dos outros e é tédio absoluto, exceto os blogues pessoais. Parece que estou na fase: nao me interessa o que pensas, interessa-me, se me interessar, o que sentes.