quinta-feira

A merecer atencao:

via Linha dos nodos, afastamento de tecnicos na Oficina de S. Jose.

Para la' da nota do autor da Linha dos Nodos eu saliento esta parte do texto do DN: "As profissionais queriam corrigir "defeitos na orientação", considerando a direcção que "elas estavam a intrometer-se em demasia na vida interna"."

Esta atitude de instituicoes de orientacao religiosa de que eles e' que sabem e nao tem nada a aprender, e' para mim perturbador e preocupante. Se estivessemos a falar de hostias nada a apontar, mas estamos a falar de criancas. Teoricamente os srs padres sao as melhores pessoas do mundo, na pratica eu, pessoalmente, nunca conheci pessoas mais preconceituosas. Pessoalmente, eu veria o afastamento de padres e freiras do processo de educacao de criancas, como um sinal luminoso.

Tres coisas que me chateiam na blogosfera

Ir ao abrupto e achar que o JPP tem razao, ir ao blasfemias e nao conseguir ignorar o Joao Miranda e ir ao tasco do maradona e rir-me das javardices. Devo dizer que hoje estou super-chateada com o maradona.

Os caes

Eu e o meu amigo taiwanes fomos para um passeio e ao ver os caes da pradaria, eu comentei:
- Eles sao tao anafadinhos que eu me pergunto se nao farao um churrasco saboroso.
O meu amigo taiwanes fez um trejeito, mas nao disse nada.
- Qual e' o problema? Afinal seria como comer cao.
- Em Taiwan nao se come cao.
- Eu quando for 'a China quero provar cao.
- Estas a brincar.
- Nao, qual e' o problema de comer cao?
- Os caes nao se comem.
- Porque?
- Porque nao esta certo.
- Qual e' a diferenca entre comer cao ou vaca?
- O cao e' o melhor amigo do homem!
- E'? Eu ja' ouvi falar de pessoas mortas por caes, mas nunca por vacas.
Ele ri-se.
- A diferenca e' so' sentimental. Moralmente nao ha' qualquer diferenca.
Ai' ele desiste e comeca a contar-me que afinal em Taiwan tambem se come cao e como ha' caes considerados melhores para comer conforme a cor do pelo. Eu perguntei-lhe se por acaso, quando for 'a China eu levar um cao, se lhe pintar o pelo cor-de-rosa, se elimino o risco dele ser comido. Ele contou-me a historia do casal de ocidentais que levaram o cao para a China com o tragico resultado de Tiestes e a conversa continuou gastronomica ate' que ele me descreveu o prato dos tres gritinhos...

Musica com suspense: tatatatata...

Continua

quarta-feira

Superioridade



De Ramon

Clicar para aumentar.

Nao ha' nada a fazer

Por vezes, tem mesmo que se enfrentar a vida. E o que tem de ser, tem muita forca.

P.S.: E' uma chatice ter de escrever isto sem c de cedilha.

Hopefully

terça-feira

Estamos fodidos

Our results are in line with Uslaner (2003), who argues that tax compliance in general is 'more about our reactions to government performance and honesty than to a sense of solidarity with our fellow citizens' (Uslaner, 2003: 4). Moreover, Scholz and Lubell (1998) argue that individuals are more inclined to comply with taxes if they trust that others will do the same, which means that if I trust that others will do their share, then I am more inclined to do mine. In the particular case of CO2 tax, everyone - apart from the relatively few who avoid fuel taxes by fuelling up in neighbouring countries and those who illegally escape taxes by buying fuel in the black market - complies, since they do not have a choice as long as they wish to drive their cars. Hence, supposedly, generalized trust is relatively more important in cases where one might suspect that others 'cheat'. If an increase in the CO2 tax is implemented it is quite hard to cheat, which also means that generalized trust is needed less. The trust in politicians, however, is important in order to support tax policies that a citizen might not fully understand.

Apart from finding a clear Green dimension in the support for climate policy, we also find signs of a 'trust' dimension in Green political issues. The comparison between the groups of high and low political trust shows that self-interest (measured by access to car) is only a statistically significant explanation in the low-trusting group. Hence, an interesting result is that the prevalence of high political trust among citizens tends to give larger weight to collective issues such as, for instance, solving the complex problem of a national climate policy. This means that support for climate policies is not mere a Green issue. It is also a matter of trust.


Henrik Hammar & Sverker C. Jagers, Can trust in politicians explain individuals' support for climate policy? The case of CO2 tax
[na Suecia] (2006). Climate Policy 5 613-625.
[...] Montesquieu respondeu impecavelmente, dizendo que se soubesse de uma arma terrível para os inimigos do seu país não revelaria o segredo ao seu rei, “porque sou Homem antes de ser francês, e sou forçosamente Homem e francês apenas por acaso”. Infelizmente, a maior parte dos outros humanos não acha o mesmo, sejam eles Persas ou Americanos.

O que e' que isto significa?

A senhora da cafetaria viu-me a zanzar 'a volta da maquina do cafe e nao faz mais nada: deu-me um cafe e pos-me um dolar na mao. Fiquei atonita. Subrepticiamente deixei o dolar junto 'a caixa registadora. E e' que nao percebi.

P.S.: O cafe ja' tem acucar. Bleehhhh.

never lasts forever



"Flowers" de Emilie Simon

segunda-feira

Dito local

Too young for Medicare
Too old for men to care

Os grilos

Ontem 'a noite uns americanos perguntaram-me o que eu estava a achar da cidade deles. Eu la' fiz o meu elogio e acabei por passar pelos grilos. Grilos? Sim, gosto de passear 'a noite e ouvir os grilos. Ha' imenso tempo que nao tinha essa experiencia. Eles olham uns para os outros e saiem porta fora para ouvir os grilos a que nunca dao atencao.

domingo

Lots of fun



Idlewild de Bryan Barber

sábado

Pluto

Aqui chamam assim ao Plutao. Eu penso sempre no cao do Mickey.

Nao percebo a emocao sobre a suposta despromocao. Isto e' um simples caso de burocracia. So' isso. O Plutao continua a ser o mesmo calhau. Deixem-se de tretas.

Isto e' demasiado selvagem para mim

Porque e' que os coelhos e as cobras se metem 'a frente da minha bicicleta? Porque e' que ha' resina nas pedras? Sinceramente...

Na... :-) Esta merda ate' e' fixe... Vi veados e caes da pradaria, sapos, passaros de papo vermelho [american robins], ouvem-se grilos 'a noite. Estou apanhadinha por esta terra. Quero e nao quero ver ursos e pumas. Quero e nao quero...

quinta-feira

gargalhadinha

[...]"o forte de Pacheco Pereira está precisamente em ser uma Nossa Senhora da Agonia com barbas."

p.s.: e' bom ver que esta' tudo na mesma na blogosfera.

Lifes return

I close myself within me, and then inside my room, and then inside my brain, and then inside my past, and then inside my mother uterus, and then inside my courage, and then i come out, and then i return, and then i cycle, and then one beautiful day i will surely die.

quarta-feira

terça-feira

Sobrevivi

POis, sobrevivi. Por agora.

Estou nos estates, numa cidadezinha do Colorado. Se mais alguem me sorrir daquela surpreendente forma superficial, eu vou gritar. O meu colega de apartamento confessou-me que estava com medo da nova companheira alema... A pobre fama dos alemaes. A pobre fama dos alemaes. Como eu tenho saudades deles... {suspiro}

Ate' agora, o melhor e' que tenho uma bicicleta e ha' imensas pistas pela cidade: sao os passeios para peoes que estao praticamente vazios. :-)

quarta-feira

O que há de poesia no meu trabalho

Frost flowers on sea ice covering a lead: Stellar
dendrites of about 1 to 2 cm height on young sea ice
(From Stefan Kern, University of Hamburg).

terça-feira

Na Alemanha queima-se Guenter Grass



Holding hands
Skipping like a stone
On our way
To see what we have done
The first to speak
Is the first to lie
The children cross
Their hearts & hope to die

Bite your tongue
Swear to keep your mouth shut

Ask yourself
Will i burn in Hell?
Then write it down
& cast it in the well
There they are
The mob it cries for blood
To twist the tale
Into fire wood
Fan the flames
With a little lie
Then turn your cheek
Until the fire dies
The skin it peels
Like the truth, away
What it was
I will never say...

Bite your tongue, swear to keep
Keep your mouth shut
Make up something
Make up something good...
Holding hands
Skipping like a stone
Burn the witch
Burn to ash & bone
Burn the witch
Burn to ash & bone
Burn the witch
Burn to ash & bone

Estive praqui a pensar...

... que se morrer a minha vida vai-se tornar muito mais fácil.

burocracia

porque vai de aviao?

hmmm... oceano entre ponto de partida e de chegada...

o seguro de saúde nao cobre ataques terroristas.

ok...

O caso do boicote ***

*** Emenda e adiçao a este meu poste (é o que dá fazer postes 'as altas da madrugada e andar a cair pelos cantos de sono). A tal carta postada no Blasfemias foi publicada a 4 de Agosto de 2006 em resposta a continuados esforços pelo boicote. O Joao Miranda enviou-me a notícia seguinte, que é de Junho deste ano:

ACADEMIC POLITICS:
Over Protests, U.K. Union Endorses Boycott of Israeli Academics
Eliot Marshall

Rejecting the advice of its own executive officer, Britain's largest university union endorsed a motion this week calling on its members "to consider the appropriateness of a boycott" of individuals and institutions "that do not publicly dissociate themselves" from Israel's policies toward Palestinians. Scientific leaders around the world strongly condemned the union's action.

The resolution, which denounces Israel's "apartheid policies, including construction of the exclusion wall," may not carry much formal weight: The 67,000-strong National Association of Teachers in Further and Higher Education (NATFHE), which approved it at its annual meeting on 29 May, was scheduled to go out of business on 1 June after merging into a new organization, the University and College Lecturers' Union. The boycott resolution will only be "advisory" to the new organization, according to a spokesperson. But critics are concerned that it may encourage a "gray boycott." Warns Jonathan Rynhold of Bar-Ilan University in Ramat Gan, Israel, which was targeted by an earlier boycott attempt, academics could be judged not on merit but "according to their nationality and political opinions."

Even before it passed, the proposal drew heavy criticism from within the union and outside. NATFHE General Secretary Paul Mackney, although a supporter of the Palestinian cause, urged members not to endorse the boycott because it had not been vetted within the union, a NATFHE spokesperson says. Several thousand U.S. and Israeli academics made public their objections in May, as did several Nobel Prize winners, including physicist Steven Weinberg of the University of Texas, Austin. The board of AAAS (publisher of Science) last week called the NATFHE proposal "antithetical to the role of free scientific inquiry" and asked that it be withdrawn.

After the vote, astronomer Martin Rees, president of the U.K.'s Royal Society, issued a statement deploring the action, saying that "NATFHE members … should remember that boycotts of scientists at Israeli universities grossly violate the principles set out by the International Human Rights Network of Academies and Scholarly Societies." Those guidelines rule out attempts to block the free expression of ideas and opinions. Scientific leaders drafted the policy 4 years ago in response to an earlier boycott petition--a move that failed. Last year, the U.K. Association of University Teachers, a smaller union, endorsed a boycott but rescinded it when faced with legal objections.

Bem e mais tarde eu escrevo mais qualquer coisa...

Estratégias

Artigo de Seymour M. Hersh, no The New Yorker, descrevendo: Washington’s interests in Israel’s war.

Excerto:
Even those who continue to support Israel’s war against Hezbollah agree that it is failing to achieve one of its main goals—to rally the Lebanese against Hezbollah. “Strategic bombing has been a failed military concept for ninety years, and yet air forces all over the world keep on doing it,” John Arquilla, a defense analyst at the Naval Postgraduate School, told me. Arquilla has been campaigning for more than a decade, with growing success, to change the way America fights terrorism. “The warfare of today is not mass on mass,” he said. “You have to hunt like a network to defeat a network. Israel focussed on bombing against Hezbollah, and, when that did not work, it became more aggressive on the ground. The definition of insanity is continuing to do the same thing and expecting a different result.”

O artigo é exasperante, mas admira alguém que Israel tenha perdido completamente a sanidade e os americanos vejam o caso com a satisfaçao de poderem ter uma demo de graça?

O caso do boicote*

Para fazer um reenquadramento da realidade [nao, os cientistas nao sao uma massa homogénea de anti-semitas ou pró-palestinianos, consoante quem le estas linhas], posto neste blogue uma notícia na Science, que saiu um ano* antes desta carta dirigida ao sindicato de professores universitários na Gra-Bretanha (AUT no texto) por um cientista israelita (carta que o Joao Miranda do Blasfemias postou ontem).

Science 3 June 2005:
Vol. 308. no. 5727, p. 1397
DOI: 10.1126/science.308.5727.1397b

News of the Week
ACADEMIC POLITICS:
Boycott of Israeli Universities Overturned
Mason Inman

CAMBRIDGE, U.K.--Buffeted by international criticism, the U.K. Association of University Teachers (AUT) has revoked a decision to boycott two Israeli universities. The boycott was approved at AUT's annual meeting in April and called on members to shun Bar Ilan University in Ramat-Gan because of its ties with a school in a contested settlement, and the University of Haifa for alleged harassment of a lecturer who oversaw a study critical of the Israeli military (Science, 29 April, p. 613). Haifa University denied the allegation and threatened to sue AUT for defamation.

Scholarly institutions quickly issued statements denouncing AUT on grounds that such boycotts violate academic freedom and are counterproductive. Among those who asked AUT to reconsider were the U.S. National Academy of Sciences, the New York Academy of Sciences, AAAS (which publishes Science), and the U.K.'s Royal Society.

AUT members also protested. A group of 25 petitioned for a special meeting to reconsider the boycott, which they claimed had not been fully debated. Roughly 250 attended a meeting on 27 May at which two-thirds voted to overturn the resolution. They also asked AUT to review its international policies, including a call to the European Union to withhold funding from Israeli organizations "until Israel opens meaningful negotiations with the Palestinians."

"We are relieved that this counterproductive [boycott] policy has been overwhelmingly rejected," says sociologist David Hirsh of Goldsmiths College in London, co-founder of Emerge, a campaign set up to oppose the boycott.

Some who urged sanctions on Israel say the vote hasn't changed their plans, however: "The boycott remains," says one of the leaders, neurobiologist Steven Rose of the Open University in Milton Keynes, U.K., who will continue to honor it. But AUT is taking a different tack. The group's general secretary, Sally Hunt, said in a statement, "It is now time ... to commit to supporting trade unionists in Israel and Palestine working for peace."

Eu na caixa de comentários do Blasfémias escrevi que a comparaçao com o Lysenkoism é parva. Para explicar a minha caracterizaçao basta limitar-me ao aspecto diferencial mais fundamental: o lisenkoism aconteceu na Uniao Sovietica, um estado opressor que liquidava a liberdade de expressao, de movimentos, de existencia. Este caso é transnacional, acontecendo na Gra-Bretanha em que nem de perto, nem de longe tal situacao existe, e acontece no seio do mundo académico em que, também, nem de longe, nem de perto tal situaçao de repressao existe. Sendo necessário provas (deixem-me rir um bocadinho), este artigo e outros que também poderia postar, que foram sendo publicados na Science e na Nature, mostram-no claramente. Quando se fazem comparaçoes há que ter o sentido das proporçoes, caso contrário, pode-se ser caracterizado como parvo e eu até estou a ser boazinha.

segunda-feira

domingo

Despedidas

Fui convidada para uma despedida de solteira, inopinadamente que eu sou amiga do noivo. Fingi que não tinha recebido os méils, fingi que me tinha esquecido, mas não me livrei do terror de uma noite de tédio rodeada só, SÓ por mulheres. Tudo profundo preconceito. Foi uma noite super-divertida. Fiquei agradavelmente surpreendida pela ausência de escatologia. Sinceramente, acho que devia tentar ter mais mulheres amigas. Foi um passeio por bares a beber vinho verde e a fumar muito, enquanto se conversava de tudo um pouco. Num dos bares caí sem querer numa festa de aniversário e acabei por receber do aniversariante uma aula saborosíssima de queijos. Como eu me tinha esquecido de jantar enquanto andava em manobras de diversão para evitar o jantar da despedida, estava esvaída de fome e açambarquei um bocado a aula gastronómica. Eu e o cão do dono do bar, que parecia o snoopy, mas não falava. Mais tarde, dançamos muito, músicas de há dez anos atrás. Uma amiga ia apanhar o avião para Nova Iorque pela manhã, eu vou fazer o mesmo daqui a três dias. Numa tirada trágico-cómica anunciamos que a noite era a nossa despedida de vida. Declaramos que se formos pulverizadas nos ares atlânticos, as culpas apontávamo-las aos políticos israelitas, americanos e britânicos. As outras disseram-nos para não nos preocuparmos. Fizemos um brinde à imbecilidade que ainda nos há-de matar.

sábado

Andando pela blogosfera



Adoro o campo as árvores e as flores
Jarros e perpétuos amores
Que fiquem perto da esplanada de um bar
Pássaros estúpidos a esvoaçar
Adoro as pulgas dos cães
Todos os bichos do mato
O riso das crianças dos outros
Cágados de pernas pró ar

Efectivamente escuto as conversas
Importantes ou ambíguas
Aparentemente sem moralizar

Adoro as pêgas e os pederastas que passam
Finjo nem reparar
Na atitude tão clara e tão óbvia
De quem anda a engan(t)ar
Adoro esses ratos de esgoto
Que disfarçam ao pilar
Como se fossem mafiosos convictos
Habituados a controlar

Efectivamente gosto de aparências
Imponentes ou equívocas
Aparentemente sem moralizar

Efectivamente gosto de aparências
Aparentemente sem moralizar
Aparentemente escuto as conversas
Efectivamente sem moralizar

Efectivamente…sem moralizar
Aparentemente…sem moralizar
Efectivamente

I love ny

Fo Black lived on Canal Street, which used to be a real canal. He didn't speak very good English, because he hadn't left Chinatown since he came from Taiwan, because there was no reason for him to. The whole time I talked to him I imagined water on the other side of the window, like we were in an aquarium. He offered me a cup of tea, but I didn't feel like it, but I drank it anyway, to be polite. I asked him did he really love New York or was he just wearing the shirt. He smiled, like he was nervous. I could tell he didn't understand, which made me feel guilty for speaking English, for some reason. I pointed at his shirt. "Do? You? Really? Love? New York?" He said, "New York?" I said, "Your. Shirt." He looked at his shirt. I pointed at the N and said "New," and the Y and said "York." He looked confused, or embarassed, or surprised, or maybe even mad. I couldn't tell what he was feeling, because I couldn't speak the language of his feelings. "I not know was New York. In Chinese, ny mean 'you.' Thought was 'I love you.'" It was then that I noticed the "I[heart]NY" poster on the wall, and the "I[heart]NY" flag over the door, and the "I[heart]NY" dishtowels, and the "I[heart]NY" , lunchbox on the kitchen table. I asked him, "Well, then why do you love everybody so much?"

Em Extremely Loud & Incredibly Close de Jonathan Safran Foer

sexta-feira

A pedido de várias famílias:



Nã. O João é que está muito chateado porque ninguém liga aos feitos do Francis Obikwelu. Que se fosse futebol e se não fosse o nacionalismo mesclado de racismo! O João está muito indignado com isto e se for mesmo assim, com toda a razão.

Eu não estou sintonizada no atletismo (talvez se estivesse em Portugal), pelo que me tem passado ao lado e tenho tido outros assuntos a ocuparem-me os neurónios. Mas fico feliz pelo Obikwelu. A pátria é na maior parte das vezes o sítio em que nascemos e crescemos. Crescer com determinados cheiros e sons, pode entranhar. Mas o mundo é mais largo. Há pessoas que vão mais além do que o que lhes ficou entranhado por osmose. Há pessoas que escolhem. De todos os lugares do enorme mundo, o Francis Obikwelu adoptou Portugal. É absolutamente entusiasmante. Ele quer pertencer à minha equipa. Não percebo bem porquê, é uma questão de lhe perguntarem, mas espero que ele goste e corra muito e seja feliz. Que tenha muitos Obikweluzinhos, que estamos necessitados de putos.

P.S.1: João, o Cristiano é lindo e não se fala mais nisso, ok? Se lhe chamas outra vez foca amestrada, desligo-te deste blogue. Estás avisado.

P.S.2: Nas fotografias que vi do Obikwelu (para escolher para pôr aqui) ele está sempre com aquele ar de quem vai apanhar o autocarro, mas até está naquela, que daqui a 5 minutos vem outro. Impressiona-me.

P.S.3: Tenho uma colega de trabalho que é da Nigéria. Estou-me a perguntar o que o nacionalismo dita do lado dela... Do que conheço suspeito coisas más.

P.S.4: Como é que é português com sotaque nigeriano? Tenho que ouvir!

Hope?

Dear Friends,

As the awful civilian death toll rises above 1000 in Lebanon and Israel, people around the world are seeking a place to voice their frustration and concern. Over the last 4 days, 200,000 people from 148 countries have signed the ceasefire petition. At this rate, we could soon be the largest global online petition in history.

The pressure is working. The global outcry over this crisis has pushed the Ambassadors to the UN Security Council to work around the clock to achieve an immediate ceasefire.

The latest word is that the Council may be close to a final vote today or tomorrow, but we've been this close before and negotiations have fallen apart. We need more pressure now to close the deal.

Please forward this email on, spread the word to your friends, family and colleagues, post a link on your blog, bring up the campaign in discussions, and urgently encourage people around you to join this global wave of protest by signing up at the link below:

http://www.ceasefirecampaign.org/mo/en.html

The pressure is working. Let's ratchet it up.

With hope,

Ricken Patel, Ceasefire Campaign



Copyright : © Christopher Anderson / Magnum Photos

Aitaroun. Líbano. Agosto 2006. Quando os jornalistas chegaram à vila, idosos emergiram dos seus esconderijos entre os escombros.

Preparem-se: Mr. sem papas na língua

Esta ligação leva-vos a um vídeo com George Galloway em Maio de 2005. Se quiserem continuar para Agosto de 2006, carreguem em "previous": terão George Galloway a ser entrevistado na Sky News sobre o actual conflito no Médio Oriente. A sério, preparem-se. Se forem extremistas para o lado pró-Israel ou pró-América, cuidado, perigo de síncope.

quinta-feira

Quem compreende? O ódio? O desespero? O nunca esquecer? O nunca lembrar? O tribalismo? A tradição? A humanidade?



Cidade de Parandac, Irão, 1986. Prisioneiros iraquianos seguram a efígie do presidente Saddam Hussein, sobre a qual colocaram diversos emblemas, incluindo a estrela de David.

Magnum

Maybe you'll find the plan



When I was a young boy I tried to listen
And I wanna feel like that
Little white shadows - blink and miss them
Part of a system I am


If you ever feel like something's missing
Things you never understand
Little white shadows sparkle and glisten
Part of a system, a plan

All this noise I'm waking up
All this space I'm taking up
All this sound is breaking up

Wooaaooh

Maybe you'll get what you wanted
Maybe you'll stumble upon it
Everything you ever wanted
In a permanent state

Maybe you'll know when you see it
Maybe if you say it you'll mean it
And when you find it you'll keep it
In a permanent state, a permanent state

When I was a young boy I tried to listen
Don't you wanna feel like that?
You're part of the human race
All of the stars in the outer space
Part of a system, a plan

All this noise I'm waking up
All this space I'm taking up
I cannot hear you're breaking up

Woaaooh.

Maybe you'll get what you wanted
Maybe you'll stumble upon it
Everything you ever wanted
In a permanent state

Maybe you'll know when you see it
Maybe if you say it you'll mean it
And when you find it you'll keep it
In a permanent state, a permanent state

Swimmin' on a sea of faces
The tide of the human races, oh
An answer now is what I need
See it in the new sun rise and
See it break on your horizon, oh
Come on love stay with me

Coldplay, white shadows, álbum X&Y

Para ti Jal, pela conversa de ontem. Talvez o plano, talvez o sistema seja tão leve e simples quanto uma canção pop. O busílis não será saber que queremos tal quando vemos tal? Só estamos bem onde não estamos...

quarta-feira

Um pequeno passo para o bloguista...

É com satisfação que verifico que o Carlos Leone já começou a dominar a técnica de fazer ligações. :-) Eu posso partilhar que hoje também me aproximei mais do deus dos teclados. Que hoje um rectângulozinho apareceu no canto inferior do meu écran e que sem saber que raio de bicho era aquele, fui corajosa o suficiente para descobrir o google talk. Passo a passo a gente eleva-se.

Mas assim naquela, envolveu-me numa discussão em que não me meteria voluntariamente. Respondo só: não, não é esse o feminismo. Eu não sei é se me importo. O que eu me pergunto, neste momento, é: para quando o BoyBock, o SuperBoy ou o SuperCock?

Abutres sem vergonha!

A última vez que li sobre os números da desgraça tinham morrido 1078 pessoas no actual conflito no Médio Oriente. Cada uma destas pessoas não morreu de mansinho. Penso que qualquer pessoa com dois dedos de testa não precisa de uma fotografia para se dar conta que num bombardeamento as pessoas morrem violentamente. São 1078 histórias de morte violenta. Mais os que ainda não foram desenterrados, mais os feridos, mais os deslocados, mais os que todos os dias mal vivem, escondidos e calcorrinhando a medo as ruas.

Enquanto isso, longe da guerra, pessoas que não veêm limites para sectarismos utilizam postes para provar que há papparazis da morte. Qual a relevância de analisar as fotografias para definir que andaram a posicionar-se a preceito para a foto? Ainda que alguém tenha estômago para seguir as racionalizações, se conseguirmos ultrapassar o mesquinho do resultado face ao método, chega-se aonde? Nada. Continuam a ser 1078 mortes violentas. Continuam a haver feridos. Deslocados. Guerra.

Chega-se é a abutres sem vergonha, sendo que um nacional identificado é o jcd.

blasphémias



de Forges.

terça-feira

Nostalgia

Aqueles dias de ignorante inocência em que ainda escrevia discriminação com "e"...

Cessar-Fogo Já

Campanha de angariação de assinaturas (em português).

piui

[...] Researching my book, which covered all 462 suicide bombings around the globe, I had colleagues scour Lebanese sources to collect martyr videos, pictures and testimonials and biographies of the Hizbollah bombers. Of the 41, we identified the names, birth places and other personal data for 38. We were shocked to find that only eight were Islamic fundamentalists; 27 were from leftist political groups such as the Lebanese Communist Party and the Arab Socialist Union; three were Christians, including a female secondary school teacher with a college degree. All were born in Lebanon.

What these suicide attackers - and their heirs today - shared was not a religious or political ideology but simply a commitment to resisting a foreign occupation. Nearly two decades of Israeli military presence did not root out Hizbollah. The only thing that has proven to end suicide attacks, in Lebanon and elsewhere, is withdrawal by the occupying force.

[...] Religion is rarely the root cause, although it is often used as a tool by terrorist organisations in recruiting and in other efforts in service of the broader strategic objective. Most often, it is a response to foreign occupation.

Understanding that suicide terrorism is not a product of Islamic fundamentalism has important implications for how the US and its allies should conduct the war on terrorism. Spreading democracy across the Persian Gulf is not likely to be a panacea as long as foreign troops remain on the Arabian peninsula.[...]


Robert Pape, Guardian

Talvez quando se começar a entender isto e isto:

seja possível começar a imaginar uma necessariamente nova estratégia na região.


Cartune (clicar para aumentar) de Bandeira.

domingo

Human Rights Watch sobre já sabem quem

" The pattern of attacks shows the Israeli military’s disturbing disregard for the lives of Lebanese civilians. Our research shows that Israel’s claim that Hezbollah fighters are hiding among civilians does not explain, let alone justify, Israel’s indiscriminate warfare. "
Kenneth Roth, executive director of Human Rights Watch

Cá está. O expectável atendendo as notícias de morte e destruição que chegavam do Líbano.

Relatório da Human Rights Watch “Fatal Strikes: Israel’s Indiscriminate Attacks Against Civilians in Lebanon"

Quanto ao Hezbollah a organização reportou a 18 de Julho: Hezbollah Rocket Attacks on Haifa Designed to Kill Civilians.

Nada que não expectássemos também.

sábado

O anti-semitismo nos media

Ontem andei nesta página e, entre vários, li os três artigos a que faço ligação, onde se realiza uma análise dos dois pesos e duas medidas usadas pelos media dos EUA e da Grã-Bretanha para noticiarem os conflitos em que Israel está envolvida.

Blaming the Victim, Gaza, de David Edwards, 10 de Julho de 2006

Demolishing Lebanon, de David Edwards, 30 de Julho de 2006

Five myths that help Israel’s war crimes, de Jonathan Cook, 25 de Julho de 2006.

Depois de passar uma boa parte da madrugada a ler diversos artigos com este tipo de análise, fui até à janela fumar um cigarro e pensei que realmente deve haver anti-semitismo no tratamento do conflito no Médio Oriente. Só que este anti-semitismo é contra os árabes.

No arrastão outro exemplo de distorção dos média, mas agora nacional. O sr. José Manuel Fernandes está atido a que ninguém sabe ou quer ir ver debaixo da sua parvalheira. Segundo o autor do arrastão, o JMF escreve no Público (eu já desisti da minha assinatura) que um dos soldados da ONU escreveu um méil a um superior onde diz que o Hezbollah estaria a usar o posto como escudo humano. Ora, eu li a página que é dada no arrastão, em que se encontra transcrita a totalidade do méil enviado pelo soldado canadiano. Se é mesmo este o méil (e não há nada no texto, na forma como é escrito e nos pormenores que faça pensar que não) então tal como o Daniel Oliveira diz, não há qualquer identificação de que o posto da ONU estivesse a ser utilizado como escudo humano. A possibilidade de erro de leitura é impossível. A não ser que se sofra de iliteracia em inglês ou simplesmente se queira mesmo ler algo mesmo assim, assim, como se quer. Estão a ver o processo do José Manuel Fernandes editar informação? Mantenham este pensamento.

Feathers on my breath



(love) love is a verb
Love is a doing word
Feathers on my breath
Gentle impulsion
Shakes me makes me lighter
Feathers on my breath

Teardrop on the fire
Feathers on my breath

In the night of matter
Black flowers blossom
Feathers on my breath
Black flowers blossom
Feathers on my breath

Teardrop on the fire
Feathers on my breath

Water is my eye
Most faithful my love
Feathers on my breath
Teardrop on the fire of a confession
Feathers on my breath
Most faithful my love
Feathers on my breath

Teardrop on the fire
Feathers on my breath

A Cruz Vermelha no Líbano

[...] The ICRC [Cruz Vermelha Internacional] teams may be the only saviours on the highways of southern Lebanon - their reticence in criticising anyone, including the Israelis and Hizbollah is a silence worthy of angels - although their work can attack their emotions as surely as an air strike. Only a day earlier, they had driven to the village of Aiteroun scarcely a mile from the Israeli army's disastrous assault on Bint Jbeil. In each "abandoned" village on the way, a woman would appear, then a child and then more women and the elderly, all desperate to leave.

There were perhaps 3,000 of them and, last night, Sylvie Thoral was trying to arrange permission for an evacuation convoy. The Israelis are promising the Lebanese much worse than the punishment they have already received - well over 400 Lebanese civilians dead - for Hizbollah's killing of three Israeli soldiers and the capture of two others. But still the Israelis have suggested no "green light" for Aiteroun.

"They were begging us to take them with us and we had no ability to do that," Saidi says with deep emotion. "Their eyes were filled with tears."

[...]

An old man approached us carrying a silver tray of glasses and a pot of scalding tea. Generous to the end, under constant air attack, these fearful Lebanese were offering us their traditional hospitality even now, as the jets wheeled in the sky above us. They asked us in to the house they had refused to leave and I realised then that these kind Lebanese people - unarmed, unconnected to Hizbollah - were the real resistance here. The men and women who will ultimately save Lebanon.

But before we abandoned our journey and before Sylvie and her team and I set off back to their base in the far and dangerous south of Lebanon, a man carrying a bag of vegetables walked up to Beshara Hanna. "Please move your cars away from my home," he said. "You make it dangerous for us all."

And the shame of this shook me at once. The Israeli attack on the Qana ambulances - their missiles plunging through the red crosses on the roofs - had contaminated even our own vehicles. He was just one man. But for him, the Israelis had turned the Red Cross - the symbol of hope on our roofs and the sides of our vehicles - into a symbol of danger and fear. [...]


Robert Fisk

sexta-feira

Não liguem a nada do que eu escrevo,

eu hoje estou com muito mau humor.

Como?

Como é que as pessoas são felizes? Como é que é possível alhearem-se assim do mundo? Queria perceber. Queria ser mesmo assim como elas: alheada ou forte ou acima de certas coisas. Acho-as parvas, mas queria ser feliz e parva como elas.

quinta-feira

Insanidade ou extremo pragmatismo?

Uma amiga enviou-me um méil: Eu nunca ouvi falar de um exército que bombardeasse as Nações Unidas e a Cruz Vermelha na mesma semana. Esta guerra é um pesadelo. Eu abro a ligação e vou-me perguntando o que é que está a possuir o exército israelita. A conclusão que eu tiro é que a estratégia é arrasar o Sul do Libano e eliminar tudo, mas mesmo tudo o que mexa. Literalmente transformá-lo num deserto. Tenho de concordar com a visão dos militares israelitas, de que para ter alguma possibilidade rápida de eliminar o Hezbollah e, ao mesmo tempo, formar a zona tampão entre Israel e o Libano, esta é a estratégia armada a seguir. Mas pesando o que isto significa para a população civil, para o Libano (e isto seria previsivel antes da ofensiva), as probabilidades da acção entrar em espiral sem que o Hezbollah feneça (já que está enraizado fora do Libano) eu concluiria que a solução armada não é solução. Mas quem sou eu?

MNE: a validade da prudência ou a inutilidade de tomar partidos ou...

Exactamente o que eu penso. Não sei porquê, há assuntos sobre os quais quero escrever aqui no blogue, mas em que fico completamente bloqueada. Neste caso, em particular, estava mesmo à espera de alguém pegar no assunto. Obrigado.

P.S.: mas já agora: é através do MNE que algo, por pouco que seja, pode ser feito relativamente ao que se passa no Médio Oriente, por Portugal. O que eu quero ver do MNE de Portugal é pragmatismo. Tomar partido seria um fait divers de cá, limitando uma possivel acção lá.

Desastre ambiental no Líbano

Up to 35,000 tons of oil have spilled into the Mediterranean following Israeli air strikes -- now it is a race against time to prevent long-term damage and the destruction of a fragile ecosystem.
(...)
According to UNEP chief Steiner, "The Lebanese government has requested international assistance from the UN, and we stand ready to do all we can." He added that he is urgently trying to assemble EU satellite images and other data in order to get a more accurate measure of the spill along Lebanon's coast. "Firstly our thoughts are with the suffering of the civilian population," he said. "But we must be concerned about the short and long-term impacts on the marine environment, including the biodiversity upon which so many people depend for their livelihoods and living."

The ocean is a vital source of income for many Lebanese, through fishing and tourism. Many fish and crabs have already perished and others are covered in oil. The Lebanese beaches that were once so popular with tourists could be polluted for some time to come. Even when the bombing stops, it is unlikely tourists will be rushing back to the country, but if they did, instead of sandy beaches they would find long stretches of oily ground, strewn with dead and dying marine life.


Como é que é, Israel tem que defender a sua existência? Eu começo a perguntar-me se o Líbano sobreviverá esta guerra. Na verdade e tendo em conta ainda antes desta guerra, será que o estado do Líbano sobreviverá o estado de Israel?

O mundo que nos foi dado viver




A vida é como é, para quem a sabe viver.

Nos escombros de um mundo louco e de uma mente que nos come por dentro.

quarta-feira

Gisberta Salce Júnior

Quem leu os meus postes uma semana sabe o que eu penso. Eu só adiciono algo mais: dizem, diz-se, que no Ocidente os nossos valores morais é que são bons. São tão bons que devemos ir em corcéis de guerra impô-los aos bárbaros, ou numa versão mais leve, tocar-lhes no coração. Observem este caso muito cuidadosamente, porque mesmo querendo salvar as crianças, fazê-lo com base na negação do crime é imoral. Os rapazes começam os seus meses de suposta reabilitação a aprender que a justiça mente, que se torce a ela própria, que se nega. Mas duvida-se da preocupação com as crianças. Num país como o nosso pergunta-se como teria procedido o caso se a vítima não fosse tão especial como a Gisberta. Pende-se a razão para a evidência do país. Mirem bem. Comparem, rodem nas mãos, vejam-lhe o brilho e com honestidade respondam da pureza dos valores morais portugueses. Venham-me dizer que são inspiradores. Pois devem ser. Eu, por mim, imagino o inspirado com umas pedras na mão. Um bárbaro. Em Portugal, usa-se a lábia da justiça.

Alice, o amor é eterno no agora

In Lebanon. During the war.

Monday 24 July

[...] In the middle of a field of tomatoes, I see a London bus. I turn to the driver. "Isn't that a London bus?" I ask, like the man who sees the sheep in a tree in Monty Python. "Yes, that's a London bus." It is. It's a bloody great bright red Routemaster double decker. In the Beka'a Valley. In Lebanon. During the war.

Seventeen miles south and the road is blown up, craters in the middle and narrow tracks on the edge for our vehicles to pass. One Israeli bomb has blown away most of the road above a 60ft chasm and it reminds me of that scene in North West Frontier where Kenneth More has to manoeuvre a steam locomotive over a blown-up railway bridge, on which the tracks are still connected but there's nothing underneath. More turns to Lauren Bacall and says: "Of course, it's one of my hobbies, driving trains over broken railway bridges." [...]

Wednesday 26 July

Indian UN soldiers bring what is left of the four observers to the run-down hospital in Marjayoun. All day they had been reporting Israeli shellfire creeping closer to their clearly marked position. An officer in the UN's headquarters at Naqoura phoned the Israelis 10 times to warn them of their fall of shot, and 10 times he had been promised that no more shells would fall close to the Khiam post.

But the four soldiers did not run away - as the Israelis presumably hoped they would - and so yesterday evening an Israeli aircraft flew down and fired a missile directly into their UN position, tearing the four brave men to pieces and flattening their building. I notice that they are brought to the hospital in unwieldy black plastic bags, apparently decapitated. One of the Indian soldiers is wearing a turban, painted the same pale blue as the UN flag. [...]

Friday 28 July

[...] My mobile phone rings. An American journalist is walking south of Tibnin towards the Hizbollah-Israeli battle at Bint Jbail - a wise precaution because all cars are now prey to Israel's eagles - and has found two wounded Druze men lying by the road. One of them cannot stand. She has no car. Can I help? I am 15 miles away. "Can I tell them they will be rescued?" Don't lie to them, I say. Tell them you will try to get help. I promise to call the Red Cross.

I phone Hisham Hassan at the ICRC in Beirut and tell him the precise location. Both men are lying by a smashed roadside stall with an orange flag in the ground, a kilometre past a road sign which says "Welcome to Beit Yahoun" and next to a huge bomb crater. Hisham promises to call the Tibnin Red Cross ambulance centre. Ten minutes later, I get a text message: " Red Cross on the way." Angels from heaven. [...]

Saturday 29 July

[...] Then go through my notes of the week for this diary. I find that my handwriting briefly collapsed after the air attack on Thursday. I was so frightened that I could hardly write. I sit on the balcony and read Siegfried Sassoon. Cody also reads to calm himself in war. But Cody reads Verlaine.


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[...] Blair and his ignorant Foreign Secretary have played along with Israel's savagery with blind trust in our own loss of memory. It is perfectly acceptable, it seems, after the Hizbollah staged its reckless and lethal 12 July assault, to destroy the infrastructure of Lebanon and the lives of more than 400 of its innocents. But hold on a moment. When the IRA used to cross the Irish border to kill British soldiers - which it did - did Blair and his cronies blame the Irish Republic's government in Dublin? Did Blair order the RAF to bomb Dublin power stations and factories? Did he send British troops crashing over the border in tanks to fire at will into the hill villages of Louth, Monaghan, Cavan and Donegal? Did Blair then demand an international, Nato-led force to take over a buffer zone - on the Irish, not the Northern Ireland side, of the border?

Of course not. But Israel has special privileges afforded to no other civilised nation. It can do exactly what Blair would never have done - and still receive the British Government's approbation. It can trash the Geneva Conventions - because the Americans have done that in Iraq - and it can commit war crimes and murder UN soldiers like the four unarmed observers who refused to leave their post under fire. [...]


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[...] Indeed, how come the people of southern Lebanon have not been consulted about the army which is supposed to live in their lands? Because, of course, it is not coming for them. It will come because the Israelis and the Americans want it there to help reshape the Middle East. This no doubt makes sense in Washington - where self-delusion rules diplomacy almost as much as it does in Israel - but America's dreams usually become the Middle East's nightmares.

And this time, we will watch a Nato-led army's disintegration at close quarters. South-west Afghan-istan and Iraq are now so dangerous that no reporters can witness the carnage being perpetrated as a result of our hopeless projects. But, in Lebanon, it's going to be live-time coverage of a disaster that can only be avoided by the one diplomatic step Messrs Bush and Blair refuse to take: by talking to Damascus.

So when this latest foreign army arrives, count the days - or hours - to the first attack upon it. [...]


Excertos de textos de Robert Fisk para o The Independent

Wikiality

Segundo Colbert, a partir de ante-ontem, Oregon é o Portugal de Idaho, através do processo de wikiality.



No wikipédia, já se transcreveu o episódio:

On July 31, 2006, Colbert aired a segment of "The Wørd" about Wikipedia, introducing the false concept of "wikiality," the process of editing information on the site and getting enough users to believe you that it, in a sense, becomes an accepted reality. On air, Colbert pretended to vandalize both George Washington and an article about his own show. At the conclusion of the segment, he encouraged his viewers to vandalize the elephant article to say that "their population had tripled in the last six months" in an effort to demonstrate "wikiality" at work.

Lembram-se dum livro do Saramago (é dele não é?), em que alguém abre o livro da sua vida e vê as palavras a escreverem-se à sua frente e diziam "ele pegou o livro da vida e leu..."

No Wikipédia escreveram "false concept of wikiality..." Será? Será que agora tem é nome?

P.S.: Quanto à referência a Portugal, vamos ser superiores... Nós temos sentido de humor, nós temos sentido de humor... Nariz empinado, frente, marche.

terça-feira

Shields



Figura da revista "The Economist", conseguida no blogue Serras.

Mais sobre Human Shields.

rubes