quinta-feira

Vulcões pessoais

E num dia acordamos revestidos a sol, vestimo-nos de saia e vermelho, colocamos um lenço esvoaçante e sapatinhos leves e saímos como para uma festa às oito da manhã, hora a que noutros dias ainda estamos na cama a revolvermos de infelicidade. De passinho leve imitamos abelhas e borboletas, chegamos ao trabalho, arranjamos um café, colocamos música francesa, miramos as montanhas e suspiramos de contentamento. Escrevemos um poste, damo-nos conta que escrevemos no plural e sorrimos com a patetice, pomos um ponto final, publicamos e começamos o trabalho, tudo como se a perfeição fosse inquebrável.

Sem comentários: