Há uns anos queriam escrever na sebastiana constituição europeia uma frase que registasse que a Europa é cristã. Pareceu que quem queria escrever essa frase, o fazia com a mesma intenção com que alguém põe uma ferradura atrás da porta. Façam-se as mezinhas que se quiserem nas portas da Europa, a história da Europa é cristã. Mas a história é passado sobre o qual se vai construindo o futuro a que se chama presente. Portanto, parece que quando as pessoas exigem que se admita essa história, estão a exigir a cópia em série e não a evolução.
Já não somos todos cristãos. Os conceitos de pecado e salvação devem ter na sociedade secular o mesmo peso que os conceitos de reincarnação e nirvana. Tal como um hindu não pode reclamar isenção da justiça terrena, porque os seus crimes serão punidos por uma descida na escada de qualidade reincarnativa, também os cristãos não podem achar que o ciclo de prosternações até ao juízo final é uma excepção aceitável, porque estão aqui há muito tempo.
Felizmente, a cepa tem novos rebentos e os monges copistas morreram no passado.
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