domingo
Detesto a esperança
Detesto a esperança, pelo que tem de fé e expectativa. Detesto tudo o que esteja paralisado a meio tempo e meio espaço. Desprezo-me quando me apanho a mandar pedras mágicas nos ares dos meus pensamentos. No entanto, a esperança permanece impérvia aos meus ataques, como outras fraquezas não o foram. A religião foi canja, pareceu o caminho normal no processo de crescer e deitar fora as peles velhas das ideias parentais. O mesmo com as convenções sociais que me vão cuspindo na cara ao de leve quando visito Portugal e que me causam tanta mossa como a irritação leve de um mosquito norte-alemão (estes suíços já parecem ter alguma pica). Na minha ânsia por tentar chegar a qualquer pequeno ponto de ideias claras e objectivas, a porra da esperança vai aparecendo, estragando-me os cálculos meticulosamente enquadrados nos riscos da vida, aumentando esses riscos.
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