O mundo paralelo da felicidade
em que colocamos o pé
quando caminhamos neste
a gente pensa nuvens
chilreios de pássaros
entre as fuligens dos carros
de vez em quando chove no mundo de cá
e sentimo-nos secos lá
mas de vez em quando a água transborda de cá para lá
e sufocamos em todas as mágoas
de líquido metálico fluído escorrente fervente
congelamos em mutismo doloroso
que não doa mais
não, por favor, que não doa mais
que eu não aguento a laceração interna invisível cruel
{grande pausa}
gosto de ficar deitada, após, a sentir-me morta
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