domingo

Porcalhice

Estou-me aqui a rir com os postes sobre a ASAE fechar um boteco qualquer em Lisboa. Tanto o que tem pena de nao poder entrar num estabelecimento em que os pes se lhe colem ao chao, como ao que grita salmonelas. O que chora a alma portuguesa da taberna encardida e o que acha que a alma portuguesa devia ser sermos menos portugueses. Os portugueses tem uma certa piada, pois sao paranoicamente limpos em certas coisas e hiper-porcos em outras. As coisas em que sao limpos sao eles proprios. Tudo o que e' compartilhado com os outros pode descer 'a pocilga. Assim, um senhor a cheirar a alfazema pode sem problemas entrar num restaurante a tresandar a oleo rancoso e a harmonia do seu estomago nao se descompoe. Vao nos seus carros reluzentes a atirar lixo pela janela. A vivenda e' vizinha do entulho. Um corredor todo aparelhado na seccao desporto do centro comercial corre ao longo do engarrafamento. Nao sei bem como, mas as pessoas parecem viver na ilusao de viver em bolhas de limpeza. Por muita merda que atirem para fora, a merda nunca lhes ira' resvalar para dentro da bolha. Por falar nisso, preciso de tomar banho.

1 comentário:

A Vilhena disse...

Se a ASAE fosse a Madrid... fechava(m) a ASAE