quinta-feira

Pancas

Há uns dias vi um documentário sobre uma panca que nunca me tinha passado pela cabeça que existia e eu pensava que já tinha ouvido de tudo, mas a panca humana parece ser infinita. Era sobre pessoas que veêm partes do seu corpo como estranhas a si e vivem obcecadas em se verem livres dessas excrecências. Magoam-se e, por vezes, morrem na sua procura de se verem livres de pernas, braços, o que seja que nas suas mentes está a mais. Um cirurgião na Grã-bretanha resolveu que o melhor é mesmo amputá-las porque pelo menos ele fá-lo de uma forma segura, já que estas pessoas recorrem ao que for, ao talhante da esquina se tal for necessário. Algo que parece existir em comum entre estas pessoas é que começaram com a panca em crianças e um senhor falava de que se lembrava exactamente do momento em que a panca começou: viu um amputado na rua quando tinha uns seis anos e aquilo ficou-lhe fixado. Eu também tenho pancas e lembro-me também quando começaram e começaram quando eu era pequena. Portanto, a panca é uma questão de sorte do que nos passa à frente do nariz na idade de sermos condicionados, aliado à propensão de ficarmos pancões. Como pais não há forma de controlar as pancas dos filhos. Já repararam nisto?

1 comentário:

underadio disse...

Já.
-«Uma vez dei comigo a olhar para a minha mão, como se fosse de um alien».
Oh well, mas há pancas e pancas...