terça-feira

Liberdade de expressao

O Pedro Arroja tem ideias peregrinas. Várias vezes fiquei de cabelos no ar com as suas generalizaçoes dantescas e na semana passada aquando dos seus postes sobre a emancipaçao feminina, apanhei-me a chamá-lo alienado. Mas no mundo há um valor superior: a liberdade de expressao. Falando concretamente da blogosfera, para mim o maior pecado blogosférico nao é o anonimato, o franco-atirador das caixas de comentários, os comportamentos burgessos, mas o corte de liberdade de expressao, o que for, mesmo a expressao que nos poe o cabelo de pé. O Pedro Arroja abandonou o Blasfémias, no que se desconfia ser censura. O liberalismo do Blasfémias vai de vento em popa {toda a ironia possivel nesta frase}. Notem bem: o Blasfémias provavelmente censurou as ideias de um dos seus elementos. Isto para mim é gravíssimo.

10 comentários:

Anónimo disse...

Importa-se de me enviar uma password para escrever aqui? Tenho umas coisas interessantes para dizer sobre esses judeus filhos da puta e gostava de as expressar na sua casa, ao abrigo do seu conceito de liberdade de expressão.

abrunho disse...

Já agora pode falar das filhas das putas das mulheres, dos protestantes e católicos, dos fachos e outros grupos que o Pedro Arroja generalizou sem que ninguém se tenha lembrado de o calar.

Anónimo disse...

Cara Abrunho, cá nos voltamos a encontrar. Eu só ia ao Blasfémias para ler Pedro Arroja. Umas vezes concordava, outras vezes não.
Várias vezes notei falhas no raciocínio em posts que até concordava, como foi a série do Estado Novo. Nunca comentei, porque além da perda de tempo, aquela caixa de comentários do Blasfémias é um circo para o qual já não tenho paciência há muito tempo. Têm os comentários e comentadores que merecem e cultivaram, disso não tenho dúvida.
Eu acho a "censura" uma palavra empregue levianamente, no contexto do politicamente correcto em que vivemos.
Não me acredito que o tenham corrido com estas palavras todas, mas quando no post do CAA comentei que a sua subtileza era proporcional ao seu perímetro, já estava a ver o desfecho há muito tempo.
Mas foi interessante. Pedro Arroja ensinou-me que existe outro liberalismo para além do egoísmo pseudo-sofisticado, pseudo-rebelde, mas na verdade muito dentro do sistema que aqueles senhores praticam ou gostariam de praticar. E ensinou-me outras coisas, algumas das quais até já sabia, mas talvez por condicionamento social, eventualmente pensamos que não sejam bem assim, naquela bondade que todos julgamos ter.

Não estava a contar com este comentário do senhor Mário Machado. Faria as delícias do PA, pois ele adora ver "as suas teses" comprovadas a cada passo.
Realmente os judeus são as vítimas oficiais da nossa sociedade actual. As mulheres ainda têm muito que andar :) .

Também se calhar já falamos sobre isso -- eu não acho a liberdade de expressão um valor absoluto e muito menos que se sobreponha a outros valores (admito de igual importância).
Repara que o senhor Mário Machado não quer liberdade de expressão apenas para escrever alarvidades nos comentários. Quer a chave da casa, onde a sua boçalidade pode ser melhor apreciada.
Escusado será dizer que no Sargaçal, o comentário do senhor Mário Machado, era apagado sem deixar rasto muito mais depressa do que ele o escreveu. -- A menos que servisse para comprovar "uma das teses" do PA :) .

abrunho disse...

Com o que me diz começo a achar que o PA era um filósofo por linhas tortas... :-) A própria Zazie quase teve um AVC e ela pode ser tudo, mas tem recheio no cranio. :-)

Os nossos pontos de encontro parecem ser os cépticos-mor do bairro.

Estou contente que me tenha feito uma visita e veio-me uma certa nostalgia dos seus carreiros de pulgas da couve. :-)

abrunho disse...

Quanto ao anónimo encapuçado de neo-nazi criminoso e os da mesma laia: é melhor deixar estar 'a vista a sua estupidez. Para que esconder? Além disso, prefiro-os a cuspir-me de frente, que a esfaquear-me de trás.

Anónimo disse...

Nostalgia é bom. :)

Sou mesmo lento para estas coisas da actualidade! Só agora é que descobri que o senhor Mário Machado é o dirigente da FN que está preso (tanto quanto sei, por nada que não seja a sua opinião e um flectir de músculos das autoridades).
Ou seja temos este "Mário Machado" aqui a dizer boçalidades, a usurpar a identidade de outra pessoa e perfeitamente convicto que é melhor que os outros lá do outro lado da rua e cheio de valores.
Concordamos. Também prefiro tudo à dissimulação, mentira e impostorice. Sem pestanejar, preferia conversar com o Mário Machado, do que com o "Mário Machado". Melhor ainda, com o PA a 1000 CAAs.
Quanto à Zazie, aquilo foi mais que um AVC, foi um hospital completo. Algo nunca visto.

Anónimo disse...

Ah, quanto aos comentários não os escondo, apago mesmo :) .
Mas fico contente por já não apagar um comentário há mesmo muito tempo.

zazie disse...

abrunho:

Many thanks pelo recheio. Estes gajos são burros e nem perceberam sequer o motivo pelo qual o Arroja foi saneado.

Aqueles postes eram apenas brainstorm para agitar águas e fazer chegar a outro lado. E foi mais do que censurado: foi apunhalado. Com ultimato de gente que para mim está riscada do mapa.

E é um senhor muito ingénuo, muito bem formado, muito verdadeiro e sem agenda. O problema dele foi esse. Uma pessa sem agenda e livre num local onde se trocam favores para outras coisas, estava queimada.

Beijocas rapariga. É bom haver gente como tu. Que sabe separar o que é do âmbito da liberdade e da ética do que pode ser do domínio das ideias.

Só por total imbecilidade alguém acreditaria que o Arroja é salazarista, machista, racista, anti-semita e sei lá que mais.

Se calhar é apenas alguém que repensou a História de Portugal e a visão do neoliberalismo neoconeiro do mainstream ideológico.
Coisa imperdoável para quem anda a abrir carreira nos media à custa disso

beijoca

zazie disse...

Estes tolinhos nem perceberam que eu estava ali a fazer o papel de gumby.

Se tivessem percebido quem tinha sido censurada primeiro era eu

":OP

ahahahaha

São tolos, vivem de chavões e têm tanto medo de tudo o que não conseguem arrumar num qualquer armário conhecido que até chamam a Inquisição.

zazie disse...

E nem foi problema de liberdade de expressão: foi purga de mercado sem qualquer ética. Sem uma conversa, sem assumirem nada. Tudo por trás, à purga maoista, de forma cobarde.