terça-feira
Crescer
Devo andar coisa menos coisa pelo meio da minha vida. Olho para trás e miro enternecida, envergonhada, espantada, os disparates em que acreditei, os medos que fomentei, os enigmas que desvelei muito tarde. Olho-me neste ponto e pergunto-me o tanto que esquecerei, os erros que remarcarei, o que finalmente aprenderei, esperando com imensa esperanca que seja capaz de alguma forma de ser melhor. Mas olho ao lado os outros adultos e as nódoas que ornamentam, mais fáceis de ver que em mim, e desespero. Tanta gente que nao aprende e é infantil ao ponto de anedota aos trinta, quarenta anos. Poderei eu ser diferente?
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3 comentários:
Também eu achava que a sabedoria aumentava com a idade. Depois apercebi-me que isso não era necessariamente assim, existiam pessoas que repetiam os mesmos erros vezes sem fim. É portanto necessário algum esforço ou atenção ao que nos rodeia e ao que fazemos. Ter consciência da necessidade desse esforço é já algum caminho andado.
Não são todos assim, pois não?
Por outro lado, o caminho não é ser diferente ou melhor que os outros, mas uma revelação, construção e aceitação de si próprio.
E quero lá saber se os outros me acham anedótica: gosto muito de mim, pronto.
Sei que tenho os meus defeitos, mas, antes de me mudar para agradar aos outros, "desarrisco" da lista o pessoal que se mostra incomodado por eles.
"Por estas e por outras é que o mundo está como está", dirás tu agora... ;-)
Tens mesmo de vir pra Berlim.
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