terça-feira

O que significa um sorriso

Philip G. Zimbardo no seu livro “The Lucifer effect: understanding how good people turn evil” tece uma credível tese de que em Abu Ghraib os principais culpados da indignidade das fotos não foram os fotógrafos, mas quem criou aquele ambiente. Pessoas consideradas normais ou seja como cada um de nós nos consideramos, seriam afetadas pelo ambiente criado e atuariam de formas consideradas anormais e neste caso, de formas repulsivas. Quem criou aquele ambiente, os responsáveis superiores escaparam a prosecução. Neste artigo diz-se algo mais: quem matou conseguiu escapar pelas malhas desculpantes, quem fotografou foi para a prisão. Contudo, no cômputo final, quem fotografou foi quem mostrou o horror do que se passava naquele sítio.

3 comentários:

Anónimo disse...

Qdo vi o doc. na rtp2, só duas pessoas me pareceram que dentro da sua participação naquilo tinham, de alguma forma,sido as que deram o alerta p o q se estava a passar lá dentro.Mas uma delas estava borrada de medo, (e aquilo já tinha passado há algum tempo e até já tinha sido condenada) mas essa pessoa era um elo fraco e estava ligada a alguém q a controlava psicologica e fisicamente...desconfio q estava envolvida a nível sexual com alguém do grup.No doc., percebe-se que sim,aqueles tropas q fotografaram fizeram aquilo,e fizeram mesmo,não se percebe se foram "obrigados" a fazer aquilo mas q há ali qq coisa q não bate certo desde o início,há...talvez tenha sido o ponto de partida e um local sem capacidade nem pessoas devidamente preparadas para aquele tipo de prisioneiros, sei lá...Eu acredito q alguém possa arrepender-se do mal q tenha feito mas custa-me pensar assim neste caso, parece-me tudo demasiado pensado só que ao mesmo tempo demasiado squizo.Aquela pessoa ainda está coagida ou será o peso do erro dasse, aquilo nos olhos dela não é culpa e pedidos de desculpa é outra coisa qualquer
Horripilantemente estranho e, não, não é a minha mania da conspiração.
Há tantas coisas horríveis, não vou enumerar até pq talvez esteja a misturar alhos com bugalhos mas, caraças, aquele tipo da Áustria, o assunto da China, a Birmânia, Darfur, a exploração de crianças no comércio sexual, dasse, q estou super mal disposta e quero acabar já este comentário.
Deste-me um nó na cabeça.E, caraças, desde q vi aquele doc. q me interrogo o q era aquilo nos olhos daquela tipa?? Entendes?«Malhas desculpantes», e esta expressão tb não me sai da caceça, para compormos o ramalhete da semana o post acima...

abrunho disse...

O mundo ficou muito apanhado nas fotografias e nos fotógrafos e esqueceu o que estava no fundo: a prisao. Eu apontaria o meu foco para uma situaçao tao fora da dignidade humana que aqueles fotógrafos acabaram por ver o que estavam a fazer comparativamente insignificante. Se eles veem presos a serem torturados e até assassinados, o que significa empilhá-los em piramide? Se os agentes interrogadores lhes dizem para "preparar" os presos para interrogaçao, porque nao "prepará-los" e tirar também umas fotos? Os fotógrafos merecem um castigo, mas nao merecem ser os únicos castigados, ou seja, serem os bodes expiatórios.

Anónimo disse...

Sim, e tens toda a razão qd no final dizes q «(...)no computo final, quem fotografou foi quem mostrou o horror(...)» e tb me parece que os fotografos não deviam ser os bodes expiatórios pq o documentário mostrou bem quem era o bode maior!E quem apanha sempre por tabela é o mexilhão.If you know what I mean...Mas aquela gente fotografos e tropas a tomar conta da prisão estavam completamente fodidos dos cornos.Fotografos ou psicopatas?!
O nó que me deste prende-se com outra coisa mas não consigo explaná-la aqui.Talvez tenha percebido o teu post e concordado com ele mas a sensação q tenho é de incompreensão pura e dura em relação a coisas como as q enumerei, como as do teu post, ou Ruanda e etc...
Em relação ao post sobre o suicídio tb terei de tentar explicar-te pq disse o q disse, mas em privado.