Continuando...
Estive este dia a tentar lembrar-me do que descobre a dona morte no seu íntimo no livro do Saramago "Intermitencias da Morte", mas nao consigo. Sei que é interessantíssimo, talvez tivesse podido incluí-la neste poste, mas já concluí que quando estiver brevemente em Portugal há uma amiga que visitarei.
Primeiro, ser racional para mim nao significa ser compreensível à luz das fraquezas humanas. A razao supostamente está um pouco acima da emoçao. Para um agnóstico o medo da morte é um desperdício, para um ateísta é ter medo de nada, para um religioso poderá ter fundamento dependendo do tipo de deus que estao à espera do outro lado. Os velhotes que eu conheço sao católicos e supostamente o lado de lá é melhor que este e deus é um tipo porreiro que gosta de perdoar à direita e à esquerda, desde que o pessoal se arrependa. Ou seja, basta nao fazer asneiras, o que sendo eles velhos e já limitados nao deve ser assim um enorme desafio, e focarem-se no arrependimento e está feito. O que eu acho é que este pessoal tem uma fé muito rota.
As pessoas querem viver porque é algo inato. Mesmo quem quer muito morrer tem que lutar enormemente contra essa força do corpo que nao quer morrer nem por nada. O instinto é algo com muita força.
O mundo natural provavelmente nunca nos mostrará tudo o que é. Haverá limites, mas serao os limites humanos. Eu pessoalmente acho o conhecimento do mundo natural a coisinha mais interessante deste mundo. Contudo, se o que eu teria para saber pode estar limitado, tenho a certeza absoluta que a minha paciencia com a espécie humana (incluo-me a mim) nao é de forma alguma ilimitada. Acho que sem morte, o meu destino seria a loucura.
1 comentário:
Chuac adoidivanadamente musicado!
E agora estou a imaginar-te a limpar a bochecha como fazem as crianças qd os velhotes ou outros os beijam assim.Hihihi.
CD
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