Na exposição ao PR, o enfermeiro queixa-se de ter sido transferido compulsivamente do serviço de otorrino para a pneumologia enquanto estava de férias, sem que lhe fosse dada oportunidade para se defender. "Não seria lógico, num quadro de alguma falta disciplinar, a instauração de um processo?", questionou.
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Além do seu caso particular, o enfermeiro refere a existência de "um acumular de situações naquele serviço de extrema gravidade", acusando-o "de ser uma fábrica de números" e de estar instalada "uma concepção autoritária do poder". Pede a Cavaco Silva que "tenha um olhar atento e preocupado". E disponibiliza-se para prestar esclarecimentos.
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Segundo o BE:
Alguns dias depois, esta carta, dirigida ao Sr. Presidente da República, serviu de pretexto para o Conselho de Administração (CA) decidir a abertura de um processo disciplinar contra o referido enfermeiro, tendo em vista o seu despedimento com justa causa, invocando para isso a natureza difamatória da missiva e o carácter ilícito do acto de escrever ao mais alto representante da nação.
Voltando ao i:
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Contactado pelo i, o hospital confirma que a carta a Cavaco Silva é o motivo para ambos os processos, e explica que não está em causa a opinião pessoal do enfermeiro quanto às chefias, mas sim as acusações que faz "pondo em causa o bom nome da unidade no tratamento dos doentes". Sobre as denúncias do enfermeiro na carta, a unidade recusa fazer quaisquer outros comentários.
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O Bloco de Esquerda já levou o caso à Assembleia da República, questionando a ministra da Saúde, Ana Jorge, sobre o assunto na última reunião da comissão parlamentar de saúde. Tendo ficado sem resposta, o deputado João Semedo apresentou um requerimento pedindo à ministra uma posição.
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Questionada pelo i, a Presidência da República responde apenas que "tem por princípio não comentar publicamente a correspondência que recebe". Também o Ministério da Saúde recusou prestar declarações.
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os ênfases nas fontes são meus. sou eu a passar-me
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Atualização no i:
Processo a enfermeiro é "inaceitável", diz Cavaco Silva
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Nova atualização no i:
A pressão do Palácio de Belém acabou por dar frutos, e a administração do S. João, invocando atender "ao superior interesse público e à consideração que merecem todas as instituições democráticas", decidiu-se pelo arquivamento do processo.
Já comeca a fazer escola escrever "interesse publico" quando se quer justificar merda. Talvez fosse melhor ir fazer formacao em democracia, meus senhores, nao é vergar o pescoco as instituicoes democraticas, é perceber a democracia! Idiotas.
3 comentários:
também estou passada com essa história.
SABINE
Pelo menos o Cavaco Silva já se pronunciou...
Mas não é caso único em Portugal, 2009!
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