
Esta introduçao vem a propósito de um filme que eu vi agora, mas já é de 2005. Nada, absolutamente nada do que passa na vida das pessoas no filme é algo que nao poderia passar na minha vida ou na vida de pessoas que eu poderia conhecer ou vir a conhecer. Na verdade, a nao ser que estivessemos enclausurados, aquilo acontece de uma forma similar a mim e ás pessoas que conheço e vou conhecer. O que muda sao os olhos de quem ve. Os filmes singelos sao sobre a vida, a vida de todos os dias, a vida sem marcos de extraordinariedade. E no entanto... Que extraordinário é o olhar e que extraordinária é a vida de cada pessoa á luz desse olhar.
Um homem e uma mulher encontram-se numa rua. O encontro nao é casual. Antes, a mulher apaixonou-se por aquele homem. Cada um vai para o seu respectivo carro e a certo ponto da rua vao-se separar. Enquanto caminham e enchendo o espaço com palavras que é necessário encher quando se caminha com outra pessoa, eles acabam por construir naquele caminho as suas vidas juntos.
Um senhor compra um peixe vermelho para a filha, mas esquece o saco de plástico com o peixe sobre o tejadilho do carro quando arranca para casa. O destino daquele peixe torna-se uma ponte de solidariedade e o presságio mais que certo, de que é necessário aprender a dizer adeus.
Em súmula, adorei o filme.
Me and you and everyone we know de Miranda July.
1 comentário:
Ainda que diga pouco (ou nada) gostei de ler o que há por cá...
Enviar um comentário