terça-feira
Desvantagens globalizantes
Desabituei-me de toques. Em Maio quando estive em Portugal, estava a conversar com alguém que me agarrou no braço e o ia apertando em intermitencia leve enquanto conversavamos. Conversavamos nao é correto, enquanto ele falava, pois eu estava completamente concentrada naqueles apertinhos desconfortáveis. Na Alemanha, quando eles decidem que sao meus amigos, a coisa é ainda mais cruel. Na Alemanha dao-se abraços e estes implicam uma superfície enorme de corpo em contato direto. Além disso, eu sou baixa, pelo que geralmente um abraço sou eu perdida algures, com um braço no ar a pedir salvamento. Por vezes consigo despistá-los: quando começo a cheirar despedidas, insiro na conversa elogios á falta de toques na Alemanha. Naquele casamento multinacional a que fui, foi um pesadelo. No ajuntamento de costumes, houve uma decisao implicita a que eu nao juntei a surda voz, que por defeito era a desbunda. Até os suecos resolveram que deviam imitar o resto e começaram aos beijos e abraços. Eu bem guinchava que comigo nao era preciso, que vivo na Alemanha, mas parecia que a minha falta de louridade os fazia pensar que eu dizia aquilo por dizer. Comecei a atirar com passo-bens para todos os lados, tentando escapar da guerra de pretensos afectos, mas tirando um homem com 2 metros de altura, cujo movimento descendente ao meu baixo nível foi extremamente fácil de evitar, perdi em toda a linha. É algo que me assusta: a globalizaçao do toque social.
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12 comentários:
Jon Stewart - a propaganda do Pentágono sobre a guerra do Iraque
Jon Stewart, do Daily show, com uma excelente dose de humor, desmascara a propaganda do Pentágono acerca da guerra do Iraque. O alvo são os falsos “analistas militares”:
Stewart: “Pois parece que muitos destes ex-militares não eram assim tão “ex”, trabalhando para empresas de armamento e para o Pentágono. Enquanto os canais televisivos lhes chamavam “analistas militares”, o Pentágono, em memorandos vindos a público há pouco tempo, refere-se a eles como “multiplicadores de mensagens”. O que soa muito melhor do que velhos matreiros.”
"Olhem para estas adoráveis e bondosas ex-máquinas de matar. Os canais televisivos contrataram-nos para dar opiniões de especialistas acerca do esforço bélico do nosso país."
Analista 1: “Estamos a vencer a guerra contra o terrorismo.”
Analista 2: “Esta é a força mais bem preparada que já tivemos.”
Analista 3: “Esta é a melhor liderança que os militares já tiveram.”
Analista 4: “Quando pergunto a amigos meus de longa data do exército que não vão mentir-me, como estamos a sair-nos, e se estamos a ganhar ou a perder, eles dizem que estamos a ganhar.”
Stewart: “Esta gente é idosa e de confiança. Como o meu avô que esteve na 2ª Guerra. Eles não iriam mentir-me. Pois não avô? O avô matou o Hitler, não foi?. E nunca enganou a minha avó com uma prostituta francesa.”
Vídeo (legendado em português) – 2:14m
Diogo,
em todas as caixas de comentário onde entrei hoje havia este seu comentário. Isso é spam.
Não! É divulgação de informação crucial. Para evitar que se coma gato por lebre. E toda a gente tem direito a uma boa gargalhada. Não apenas os que visitam blogs “interessantes”.
O spam é conteúdo electrónico emitido por alguém com um interesse a alguém que o nao pediu.
Num blogue com caixa de comentários abertos o autor está de uma certa forma a pedi-los (os comentários).
No entanto, um comentário diria que se refere a algo anterior, neste caso portanto, o poste ou outros comentários.
Na minha douta opiniao, ambos têm razao e nenhum de vós tem razao.
O Diogo tem um blogue onde pode divulgar aquilo que acha que é informação crucial. Quem acha que o Diogo fornece informação crucial, pode ir lê-la nesse blogue.
As caixas dos comentários existem para fazer comentários ao post escrito, ou aos comentários que já lá estão.
O autor está a pedir comentários, e não que alguém use este espaço como extensão do seu blogue.
Ontem foi demais. Em todos os blogues que li e havia caixa de comentários, estava este! Insuportável.
Abrunho:
Compreendo a tua simpatia pelo Diogo, um comentador habitual deste blogue. Mas o Diogo não tem razão. E se fosse no meu estaminé o comentário seria apagado, a menos que, claro, o post se referisse `
as eleiçoes norte-americanas.
SABINE
Sabine,
eu nao tenho mais ou menos simpatia pelo Diogo. Eu raramente apago qualquer tipo de comentários. Que me lembre, apaguei uma vez um do Luís porque tinha uma asneira.
Eu antes estava a brincar ás semanticas. Provavelmente deveria ter-me mantido séria. Talvez que quando o Diogo realmente abusar, eu me arrependa e tenha de começar a apagar comentários, o que irá certamente por-me muito chateada e antipática.
Em conclusao: sem semanticas, a Helena tem razao.
Sabine,
uma vez também me perguntaste porque é que defendo o Cavaco Silva... Calha que as pessoas por vezes têm deturpado as palavras do Cavaco Silva de uma forma que mais me ofende. Nao tem nada a ver com a pessoa Cavaco Silva. Eu até nem gosto dele e nao gosto dele desde que um governo chefiado por ele cancelou o "Humor de Perdiçao". Ve bem, há quantos anos nao gosto do homem. Agora, eu nao persigo ou defendo as pessoas porque gosto ou nao gosto delas. Mas ainda assim nota-se quando gosto de alguém: dou-lhe atençao. Quem nao gosto, em toda a possibilidade, eu ignoro.
Nota: o meu desgosto ao Cavaco Silva nao é por causa do "Humor de Perdiçao", mas começou aí.
Calha bem falares no Cavaco Silva.
Estive a ler o texto todo do veto à lei do divórcio, e não vejo motivo para lhe terem batido tanto.
Num dos pontos até lhe dou inteira razão (é aquele do "faltoso" pedir o divórcio e ainda exigir alimentos).
Outras coisas não entendi, porque não sei como é a proposta da lei do divórcio. Em Portugal, é estranho: critica-se muito, mas em lado nenhum se vê preto no branco um resumo simples do que se está a criticar.
Bem, mas já me estou a afastar do tema.
Se calhar não devia ter dito nada aqui. Mas é assim: na minha lista de links, o "tucatula" está quase no fim. Eu ia abrindo "a eitinho", lia os posts, lia os comentários (e era sempre o mesmo), e quando cheguei aqui não aguentei mais.
Não volta a acontecer. :-)
A Helena é uma das pessoas mais inteligentes que já encontrei na blogosfera. No(s) debates que já tive com ela, apresentava sempre argumentos tão sólidos como argutos.
Helena, nao tens nada de que pedir desculpa. Nada.
Diogo, eu mantenho a minha política de baldas até que o abuso ultrapasse os limites da minha paciencia. Espero alguma adultice desses lados.
Sabine, essa de que eu tenho simpatia pelo Diogo porque ele escreve no meu blogue... Essa aí magoou-me. snif snif
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