A
Sabine é a agente secreta 00-Mafalda. Quando era pequena e destruia os livros dos meus irmaos, porque, perdoem-me, nunca fui precoce e nao me apercebi o que era dar valor ao que mais se gosta e muito menos a concepçao de respeitar o que é dos outros, entre os quais se contavam os livros do Quino com a minha heroína e com o meu alter-ego (ah, Filipe quanto sonhamos juntos), nunca me passou pela cabeça que a Mafalda me iria dar bola... :)
3 comentários:
De um debate no blog do Lutz que não ficou esclarecido:
Gabriela: «Se eu no meu blogue defendesse, no presente, ideias neo-nazis, que são anti-alguém de uma forma violenta, não seria melhor para todo o resto do mundo que eu fosse nomeada? É que há ideologias e ideologias. Uma pessoa que nega o holocausto impele à violência? Uma pessoa que assina o Avante apela à violência?
Helena: «Negar o Holocausto exacerba o anti-semitismo de uma forma perversa: "os judeus, essas arqui-raposas, inventaram o Holocausto para tirar dele lucros. A partir da maior fraude da História conseguiram que lhes dessem um país, roubado a outro povo, e conseguiram para sempre o primeiro lugar no podium das vítimas. E por aí se vê bem o que eles são: astutos, traiçoeiros, perigosíssimos. Um povo capaz de tudo."
É por isto que eu considero o negacionismo um crime grave, e acho bem que os seus autores sejam impedidos de publicar.»
Diogo: «Cara Helena, estamos a falar de história, de factos históricos. Não podem ser investigados? É espantoso que o Holocausto judeu seja o único acontecimento histórico que não pode ser investigado sob ameaça dos tribunais. Porque será? Haverá algo a esconder? Se os factos falam por si, porque não discuti-los abertamente? O que pode exacerbar o anti-semitismo é este silêncio forçado. Esta intolerância inculcada à força em milhões de mentes (inclusivamente na sua, minha cara) sobre uma ocorrência da história.
The Catholic pastor Viktor R. Knirsch of Kahlenbergerdorf in Austria has given us some insightful remarks on this subject:
"It is the right and the duty of everyone who seeks the truth to doubt, investigate and consider all available evidence.
Wherever this doubting and investigating is forbidden; wherever authorities demand unquestioning belief -- there is evidence of a profane arrogance, which arouses our suspicions. If those whose contentions are questioned had truth on their side, they would patiently answer all questions. Certainly they would not continue to conceal evidence and documents which pertain to the controversy.
If those who demand belief are lying, however, they will call for a judge. By this ye shall know them. He who tells the truth is calm and composed, but he who lies demands worldly justice."
http://www.vho.org/Intro/GB/index.html
Abrunho: Muito obrigada pelas tuas palavras.
Beijos
SABINE
Diogo,
eu e a Helena divergimos nos limites a impor 'a liberdade de expressao' e a quem compete impor esses limites, mas nao me parece que divirjamos na indignaçao e no mal-estar que nos provocam certas accoes que sao levadas a cabo sob o manto da liberdade de expressao.
O ponto que apontas é interessante. Primeiro, porque quando se investiga algo, há vários perigos que o cientista tem de estar á coca. Um deles é como as suas expectativas podem influenciar os resultados. Um cientista vive em alerta constante (ou deveria) com as suas presunçoes. Por isso colocar como ponto de partida de uma investigaçao estar contra alguém e nao simplesmente pela procura objetiva de factos parece-me já um lapso. Mas ainda assim, concordo que estas pessoas possam investigar, ainda que comecem mal. Nao sei até que ponto os negacionistas fazem investigaçao como deve ser e estao integrados na comunidade. Comparando com o que conheço na área das alteracoes climáticas e aquecimento global, há o mundo da ciencia e há o mundo dos media e este último é normalmente povoado por pessoas fora da comunidade cientifica que dizem alarvidades de por os cabelos em pé, mas que um leigo nao consegue detetar. Resultado: confusao. Se for o mesmo na área dos estudos sobre o holocausto eu prefiro manter-me no que aprendi na escola e nos livros de história.
Quanto a documentos que nao se tornam publicos, isso acontece em todas as areas, por diversas razoes que eu própria muitas vezes nao entendo. O holocausto nao é uma área especial no que a isto diz respeito.
O proibicionismo na Aústria e na Alemanha nao é medo da verdade, mas um peso histórico que é difícil de entender para quem se sente/poe de fora. Em Portugal, construimos os mitos do bom portugues, que nos descarregam as costas de vergonhas históricas. Para nós a grande vergonha histórica é nao termos cumprido a nossa grandeza. Isto é um bocadinho ridículo.
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