A posição de um grego relativamente ao banho de água quente revelava imenso sobre os seus valores e um dos mais longos debates na história da higiene íntima centra-se nos méritos da água fria versus água quente. O historiador oitocentista Edward Gibbon estava convencido que uma das principais razões para o enfraquecimento e a queda de Roma foi os seus banhos quentes. Os homens vitorianos, influenciados pelos estudos da Grécia clássica, acreditavam que o Império Britânico estava fundado no revigorante banho frio matutino. É um preconceito que ainda vive hoje na expressão alemã Warmduscher para adjetivar um homem falho na sua masculinidade. Platão iria simpatizar com esta expressão, ele que reserva n'As Leis os banhos quentes para os velhos e os doentes. Contudo, apesar de Platão, os gregos jovens e saudáveis habituaram-se aos banhos quentes nas termas, se não mesmo nos ginásios.
"The dirt on clean: an unsanitized history" de Katherine Ashenburg, North Point Press, 2007, pág. 25. Tradução minha.
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