sábado

O segredo da felicidade

Enquanto estive na Inglaterra fui lendo um livro do Bill Bryson sobre a Inglaterra. A maior parte do livro era seca, porque era sobre terriolas onde nunca fui e as piadas do Bill Bryson já não conseguem substituir o interesse. Acontece-me muito, encontrar um autor de cujo estilo gosto, ler meia dúzia de livros e a partir daí ver-me a não conseguir mais ler esse mesmo autor. Ficam como períodos, o período Isabel Allende, o período Paulo Coelho, o período Saramago, o período Camilo Castelo Branco e está oficial que o período Bill Bryson já era.

O que me interessava, como pedacinhos de chocolate numa bolacha, era quando ele escrevia sobre o temperamento dos ingleses. Ele falava da forma espartana com que eles olham para a vida, pontuada de prazeres, que sendo pequenos são vividos como grandes nesse fundo de miniminalismo. Bill Bryson fazia a antítese com a forma de ver americana (ele é americano) onde a abundância e o hedonismo são tidos como adquiridos. Bill Bryson que vive já há um bom tempo na Inglaterra dizia que desde que começou a olhar para a vida como os ingleses, tornou-se mais feliz. Lembra-me agora a lição do porquê das drogas duras serem perigosas, não só em termos de saúde, mas porque destroem no nosso cérebro a capacidade de sentir os pequenos prazeres, ao massacrar os recetores com quantidades enormes dos químicos que os espoletam.

Eu diria que a moral deste poste é que o segredo da felicidade está na temperança e nela preservar a capacidade de sentir os pequenos prazeres.

2 comentários:

Anónimo disse...

Também tive o meu período Paulo Coelho e o meu período Saramago. Allende e Castelo Branco fui lendo, mas sem um período específico. Do Bill Bryson só li esse livro sobre da Grã-Bretanha de que falas. Gostei mais ou menos, ainda quero ler o "Nem aqui nem ali" e o "Made in America". Mas, digo-te: gosto mais do Gonçalo Cadilhe (http://www.oficinadolivro.pt/site/bookdetails.aspx?BookID=196)

Beijos
SABINE

abrunho disse...

O livro que eu mais gostei do Bill Bryson é o "Uma pequena história sobre quase tudo", ou um título por aqui. Mas no início do período eu gostei muito do livro sobre a Austrália e sobre a romaria que ele fez nas montanhas 'apalachianas' nos EUA. Nao sei se hoje gostaria da mesma forma, pois era o estilo dele que me fazia ler, mais do que o que ele contava.

Ah, esse livro que indicas, li um pouco este Maio em casa de uma amiga (a mesma coisa que aconteceu agora com o livro da Inglaterra do Bryson). Ainda bem que me lembras. Sou capaz de pedir a essa amiga para mo emprestar durantes as férias que faremos juntas agora em Novembro.