sábado
simpatias e confissões
E agora, como isto é um blogue, deixo a minha opinião: o que se vê é uma contra-reação a uma cultura de compreensão por comportamentos anti-liberdade, anti-direitos humanos, porque vêm de imigrantes de países que existem como símbolos de vitimas, vitimas da nossa colonização, do nosso imperialismo, sei lá que mais. Temos de os respeitar e compreender. E nos Países Baixos, mata-se e obriga-se pessoas a andar de guarda-costas e pressiona-se para eliminar direitos conquistados a muito custo. Eu confesso que tenho mais compreensão e simpatia por quem votou no partido de Geert Wilders e questiono-me sobre este homem, que precisa de ser corajoso ou insano para levar a vida que ele leva.
E agora desapareço antes que leve com um ovo eletrónico.
quarta-feira
La coisa ins verso
ARTICLE 60: REPRESENTATION
If a person, if only for an hour at a time, could borrow the bodies of others,
I would borrow yours, my brother, so that you could walk beside a river somewhere.’
* Eva Runefelt
* PART IV - Policies and Action
ARTICLE 74: SECURITY
One cat I got from an abandoned building site. His eye was glued shut, an ear
partly severed and in his fur you could still see the teeth marks of the dogs. He
lived under a cupboard for a week and didn’t sleep, each time I got on my knees
to look for him I’d find him crouching, with a glazed look, I could only tell he
was still alive from the sucking motion of his flanks, a frightened oxygen pump.
Later he would sometimes let you stroke him, if you were very careful he
wouldn’t bite. But one night he jumped onto the bed, a claw slashed into my
eyebrow, blood ran down my nose into my mouth, I dived under a pillow to
dodge the tiger in my house.
Another cat I found in the street, in a porch in the cold rain. She was so small
that she was still full of trust. The first night she already slept in my bed, fell into
such a deep sleep that all the life slid out of her young muscles, I played with her
paws, tail, she became a toy cat filled with sand. At night she didn’t hear
the neighbours’ dogs. That sleep is called: safety.
A friend who is deaf says: he’s got the sweetest tom cat in the world. One night
it jumps onto his head, his stomach, it viciously bites his toes. When he looks up,
bewildered, he sees how, in the dim light, the door handle of the bedroom moves
down, moves down without making any sound.
This is how cats talk to us: about the depths of sleep, the wild flesh of ancient fears.
ARTICLE 55: TIME OF TRANSITION
We live in a time of transition, which our grandchildren
May designate an epoch. We know nothing about ourselves but they
Will classify us as butterflies in History’s specimen cases.
We will be gazing through the glass with our lifeless
Eyes, and our children’s children, the conquerors
Of stars, will be thumbing through family albums. This
Old fashioned elderly gentleman is me, the photograph
Already faded. I’m standing motionless, eyes fixed
On the setting sun. In the top left corner
You can see a shining dot. And that’s precisely why
This old photograph has such significance. That was
The first sign. Then came the others.
ARTICLE 24: THE RIGHT TO LAZINESS
The good gardener prizes the shadow of the apple tree.
terça-feira
sábado
A cruz de ser portuguesa no estrangeiro
P.S.: Isto sem qualquer juizo mau sobre o Cristiano. Mas presumo que o Cristiano ia fazer o seu afamado olhar fodas-mas-wat-the-fuck-dizes-tu-meu-cabrao, se lhe perguntassem sobre a minha pessoa.
P.S.2: E tambem nao sou especialista em peixe!
P.S.3: A piada sobre bigodes... Ah ah ahaaaaa zzzzzzzzzzzzzzzzzz.. Chatinha... Nao dava para inventarem outra?
Se nao sabem: em que dia e' que se vendem mais maquinas de barbear em Portugal? O dia da mae!
A T-shirt: "Nao me estou a cagar e tenho a(s) pila (mamas) grande(s)!"
A Rita faz a defesa do "pra que e' que eu hei-de limpar se a casa ate' ta' limpa", em que a casa e' a democracia e prontos estao a seguir a analogia. Eu devo agradecer a Rita que subiu o atinado um degrau na linha intelectual tuga, em que o atinado foi promovido de toto a arrogante. Obrigada, Rita.
segunda-feira
Os que merecem voz
domingo
O meu plano
P.S.: É óbvio que faco excepcoes a boas justificacoes.
sábado
sexta-feira
Nostalgias programativas
Mais tarde, apaixonei-me pelo Jeremy Irons e o outro gajo que não se tornou famoso, no Revisitar Bride qualquer coisa e pelo Hari Kumar na Jóia da Coroa (ele aparece nos dois primeiros episódios e no último e eu andei a ver os episódios todos, enfim...). Nesta altura, enquanto me apaixonava por atores, gostava do Dartacão, por razões que completamente me ultrapassam e deviam ser investigadas (eu acho que colocaram droga naquela coisa). Também via o LA Law. E o Poirot e a Miss Marple e o Perry Mason e o programa do Hitchcok em que ele aparece de perfil. Só a música deste programa me fazia pesadelos. Depois ou antes dava a Quinta Dimensão, que via, mas de que não me lembro um único episódio, apesar de os ter visto todos.
Todas as sitcoms que alguma vez deram na televisão? Vi-as todas. Até do Alf gostei.
Richard Attenborough? Nunca gostei mais da natureza fora do meu prato. Mas gostava ainda mais do Herman José a gozar com o Richard Attenborough. Adorava de alma o Herman José e os seus programas. Adorei-o e aos seus programas até ele arranjar um programa de variedades e pintar o cabelo de louro branco.
Agora, ah agora, a inocência do mundo desaparecida, as expectativas desavindas, as ilusões esvanecentes, fico-me cínica de sorriso esgaçado a gostar do Dr. House...
Sim, a sério?
É difícil seguir uma campanha quando as pessoas que campanham não falam muito da Europa. Na nossa estação, o porta-voz do partido socialista [na França] Benoît Hamon disse "Vamos fazer destas eleições um voto de protesto às políticas de Sarkozy". Ele tem todo o direito de dizer isto, de dar esta direção. O problema é que os assuntos europeus ficam fora da campanha. Como podemos então interessar os franceses se os candidatos não se interessam? As pessoas que mais falam dos assuntos europeus são os eurocépticos, na verdade, os eurocépticos com as ideias mais extremas.Diz Sophie Larmoyer, Chefe da secção de notícias externas da Europe 1.
Devo dizer-vos que cada vez gosto menos de jornalistas. Se eu pudesse votar em jornalistas, abstinha-me. Se algum dia um jornalista me tentar entrevistar, obrigo-o a engolir o gravador. A próxima vez que passar por uma câmara de filmar, dou-lhe um empurrão.
A sério, os jornalistas coitadinhos só podem seguir a manada. Dizem eles, enquanto vão à frente.
Não, a sério. Fui à net ver o programa especial eleições parlamento europeu com a Fátima Ferreira em que ela entrevistou os treze candidatos. Um feito heróico, como ela bem demonstrou no seu ar cansado-ponderoso, pois como é que os treze podem ter tempo para dizer algo de jeito? Não há tempo! Especialmente quando se fazem perguntas como "Devem aumentar os impostos agora?", porque todos sabemos que os deputados europeus irão decidir o aumento dos impostos agora. Também vi um programa de debate DEDICADO ao parlamento europeu moderado por uma jornalista chamada Fernanda Gabriel em que ela pergunta TRÊS vezes a deputados sobre a apresentação de candidatos à presidência da Comissão Europeia pelos partidos (não grupos, partidos, sim, mesmo isso que leram) depois de ter sido informada no programa por dois diferentes deputados, em duas intervenções, que isso não é da responsabilidade dos grupos políticos no parlamento europeu!
Não, agora a sério. Podem os que estão atrás na manada simplesmente passar a ferro os que estão à frente da manada? Obrigada.
Acabando em tom de seriedade: a Helena e outros estão muito preocupados, atemorizados, trespassados porque 4 deputados eurocépticos e anti-imigração dos Países Baixos foram eleitos para o parlamento europeu. Temos de olhar para o lado positivo que está ali nas últimas palavras de Sophie Larmoyer: finalmente vamos ouvir falar da União Europeia.