sábado

Deixem-nos mandriar

Acabei de falar com a minha mãe ao telefone. Ela vive numa aldeia no sopé da Serra da Estrela, daquelas que não têm só velhinhos, com bastante gente com força nos braços, aqueles, os que se chamam activos nas estatísticas, daqueles que eu nunca pensaria como excluídos sociais ou a cair na pobreza irremediável. Eu na minha contínua preocupação com o país (podem começar a rir-se, podem) perguntei-lhe:

- Há muito desemprego por aí?
Gargalhada
- Têm o rendimento mínimo.
- A mãe quer dizer subsídio de desemprego...
- Não! Rendimento Mínimo! Arranjam-lhes os papéis...

A minha mãe diz-me para eu ficar pela Alemanha. Eu parecendo uma adolescente de borbulhas idealistas (podem tocar o hino, se faz favor):

- Eu retornarei e só emigro outra vez se Portugal não me quiser!

P.S.: Provado está que ridículo não mata.

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