Eu vou ao blogue Dias com Árvores com prazer. O nascimento da blogosfera presenteou-nos com pequenos cantos de doçura. O contentamento calmo da natureza. A majestade de uma árvore. Como estes mundos sobrevivem nas cidades, neste caso concreto, no Porto.
Há uns bons dias li este poste. Extractos de amores monógamos a árvores. Desde aí acordei para as árvores da cidade em que vivo e dei-me conta que não há uma árvore individual de que goste. Vivo em Hamburgo, Alemanha, uma cidade florestada. Com excepção do centro, o resto da cidade tem inúmeras árvores. Tem jardins e canais e tudo árvores e árvores e árvores. Olhei para elas uma a uma e como eu não sou bióloga eu não tenho a mínima ideia do seu nome. Mas o meu olhar estava sempre a fugir para a outra ali ao lado. São tantas as árvores que a individualização de uma árvore que se goste é impossível. Eu gosto da multidão. Agora no Outono é um festival e o meu olhar entristeceu ao pensar no dia em que partirei. Geralmente este dia sabe a doce de rosas, mas quando imaginei o mundo cruel das cidades portuguesas, em que se chora cada árvore com tanta dor, eu entristeci. Eu quero viver na cidade da multidão. Eu quero muitas árvores à minha volta e quando uma árvore morrer ter as outras todas para me consolarem...
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