quarta-feira

O Pedro Arroja e a minha avó

Na minha santa ignorancia pensava eu que o preconceito era fruto da ignorancia. Pessoas que nao tinham sido habituadas a pensar ou que nao estavam para isso. Pessoas provincianas, limitadas aos seus pequenos espacos de preconceito nao questionado. O que sao foi-lhes completamente inculcado. Entrou-lhes em passiva condescendencia. Mentalidade de grupo, incapacidade de empatia, de ir para la'.

Santa ignorancia. Calma ignorancia. Com esta ignorancia uma pessoa pensa que quanto mais as pessoas sao educadas, menos preconceitos existirao. Pimbas, levamos com os intelectuais do preconceito. Ha' pessoas que pensam o preconceito, que o tentam fundamentar e que lhe providenciam pontos positivos. Sem preconceito sairiamos nus 'a rua. Estamos sempre a aprender. Pessoas que loam os valores individuais numa sociedade com pouco estado, loam tambem os valores colectivos de opressao social, em que todos unidos nos preconceitos dos nossos antepassados fazemos desta uma melhor sociedade. Eu leio e nao acredito. E' claro que para este homem o Andre' Azevedo Alves e' uma boa pessoa. Afinal escreveu 50% da teoria 'isto e' meu e tira a pata' em Portugal. So' falta escrever a segunda parte da teoria liberal: 'o meu teratetravo' tinha razao: os bons maricas comem e calam'. O Joao Miranda pode juntar o apendice: 'A minha avo nao me abortou: liberalismo e sapiencia'.

Sem comentários: