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Eu vi este filme no ano passado, mas é de 2001. Por isso está fora da minha listinha anterior. Se o tivesse incluído ficaria em segundo lugar.
Há duas coisas que me param o cérebro: as guerras civis e a economia. Eu nem sei se a guerra nos balcãs se denomina como guerra civil. Na altura deixou-me inquieta de incompreensão. Eu nada sabia da Jugoslávia. Bicando informação sobre a história daqueles povos ficou-me na ideia um canto sofrido de forças dominadoras. Os turcos a malhar nuns e a converter outros, os venezianos a malhar em todos e os do império austro-húngaro a usar a célebre estratégia do dividir para governar, talvez sendo os que deixaram pior herança para o descalabro final.
Tenho um amigo croata que só de ouvir falar em sérvios eriça-se todo. Nunca me soube explicar o porquê.
Para além da tragédia, os ex-jugoslavos carregam um senso apurado do cómico e do absurdo. Do riso com lágrimas. Este filme faz mal e bem. A UN perde-se, queira bem ou mal. Aproveita-se para a caricatura. No fim a noite cai na terra de ninguém, o filme acaba, mas a história continua. Nós somos o coro mudo da tragédia balcã.
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