segunda-feira

A referência

Na minha opinião um presidente da república tem de ser uma pessoa com experiência de vida e experiência em pensar. Tem que ser o filósofo de serviço. Filosofia costuma pressupôr pessoas sábias, mas tal é uma raridade e mesmo aqueles que por vezes o parecem, como alguns escritores, ouvimo-los em entrevistas e descobrimos uns filhos da puta cheios de prosápia e acabamos por pensar que quando escrevem não são eles, mas que estão possuídos.

Experiência, maturidade, capacidade de matutar, pensar e perguntar. De uma forma abrangente. É isto que estou a tentar apanhar nos candidatos. À medida que vou pensando nisto afunila-se a escolha e parece que só há um minimamente perto desta minha referência. Quando isto começou não pensei que acabasse por me soarizar desta forma.

P.S.: Quem nunca cometeu uma gafe ou que tenha completamente se perdido num raciocínio que lance a primeira pedra e um cérebro não precisa de pernas para andar (parece que ele anda a ser amparado). O Soares até podia deslizar em cadeira de rodas e eu continuava na minha. Talvez fosse da maneira que se começava a pensar nas necessidades dos portugueses que efectivamente têm de andar de cadeiras de rodas e veêm o mundo construído ao revés deles. Ou então se deixa este disparate da juventude e que este mundo é rápido, veloz, que só os jovens o conseguem agarrar. Eu penso que o mundo precisa de mais pachorra e pensamento. Há muita corrida no vazio. Eu sou jovem e acho que há lugar para todos. Velhos incluídos, ainda que sem mac.

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