(...) Neste percurso feito de "escolhas selectivas" [quando realizar abortos], o médico [especialista em infertilidade António Pereira Coelho] confessou o sofrimento. Tanto mais que, disse, a sua fé foi-se diluindo. "A fé ajudava--me a justificar todos os comportamentos e atitudes. Nunca sofri antes como quando a perdi!" No seu caminho percebeu também que, sobretudo em época de acesa discussão sobre o aborto, agora e em 1998, os casais inférteis mostram uma revolta absoluta contra os que defendem o aborto. Os mesmos casais que aceitam corrigir na sua pele os tratamentos de fertilidade, de três ou quatro fetos para um ou dois...
"As escolhas são muitas vezes egoísmo ou utilitarismo, não são alicerçadas em convicções profundas." Falava tanto para os partidários do "não" ao aborto como para os defensores do "sim". (...)
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