POis, sobrevivi. Por agora.
Estou nos estates, numa cidadezinha do Colorado. Se mais alguem me sorrir daquela surpreendente forma superficial, eu vou gritar. O meu colega de apartamento confessou-me que estava com medo da nova companheira alema... A pobre fama dos alemaes. A pobre fama dos alemaes. Como eu tenho saudades deles... {suspiro}
Ate' agora, o melhor e' que tenho uma bicicleta e ha' imensas pistas pela cidade: sao os passeios para peoes que estao praticamente vazios. :-)
2 comentários:
Saudacoes.
O meu colega faz-me muitas perguntas sobre a Europa. E' interessante a ma' ideia que tem dos alemaes, pensando mesmo em termos da segunda guerra mundial. Ele e' de Taiwan. Tambem se deve divertir da minha obsessao em apontar como tudo e' parvamente grande na America. Ele quase deve pensar que a Europa e' Liliput. Naa, ele deve perceber, vindo de Taiwan.
Bem, ja' tenho tema para abrir a conversa esta noite. Mas ontem deu para ver que ele tem bastante orgulho de Taiwan e ser taiwanes (sera' que esta palavra existe?).
A minha gaffe:
Eu no normal de distraccao - Entao la' na Tailandia...
Ele irritadissimo - Eu sou de Taiwan, nao Tailandia.
Eu envergonhada - Epa', desculpa la', enganei-me. Isto e' efeitos da America.
Ele ainda irritado - Nao podes usar a America como desculpa para seres estupida.
Eu a pensar que ganda gaffe - He he he he
Ele sorri... amarelo?
Sobre os alemaes: tambem me chateia que continuem a tecer sobre a Alemanha de hoje mas-querencas, que se originaram de accoes de geracoes quase mortas, quando a Alemanha de hoje e' diferente. O mea-culpa e' que ja' nao sei se foi tao profundo. Do que me contaram as geracoes que viveram a guerra quiseram esquecer o mais possivel. As razoes provavelmente tantas quantas as pessoas. Se nao enterrraram completamente o passado foi exactamente porque os outros nao os deixaram. Neste contexto Guenter Grass e' paradigmatico. E' no actual que se faz a voluntaria analise, por geracoes que ja' nao o viveram.
A minha posicao quando falo com os alemaes e' de analisar em termos humanos, nao alemaes. Todos somos capazes de coisas horriveis, bastando o contexto para pecarmos.
Lembra-me que ontem vi um documentario sobre Arthur Miller e Elia Kazan e como hoje ambos sao lembrados em extremos opostos relativamente ao seu comportamento face a' comissao anti-comunista. O documentario acaba dizendo que em momentos extraordinarios de autoritarismo, histeria persecutoria, de medo, dificilmente alguem sai sem macula.
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