"O acto sexual é para ter filhos." - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o entao deputado do CDS Joao Morgado, num debate sobre a legalizaçao do aborto.
Assim publicou, o Diário de Lisboa, a 5 de Abril desse ano, a resposta de Natália Correia em forma de poema:
Já que o coito, diz Morgado,
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varao
sexual petisco manduca,
temos na procriaçao
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusao
de que o viril instrumento
só usou, parca raçao!
uma vez. E se a funçao
faz o órgao, diz o ditado,
consumada essa excepçao,
ficou capado o Morgado.
Recebido por meile (sim, eu gosto desta palavra, ninguém tem nada a ver com isso e vao mas é salazarar pra outro lado).
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