Andei arredada das notícias da execuçao de Saddam Hussein. Há um cansaço meu, neste caminho longo desde o anúncio da administraçao americana da guerra contra o terrorismo. O descrédito de quem governa os americanos e de uma Europa que pilreia, que chilreia, que anda em pontas. Estes EUA que se tornaram a caricatura do idiota da aldeia a quem deram uma bazuca. Nesta colisao, o que fica é a facilidade com que se convence os cidadaos de Estados de direito, que os princípios base que os definem ou deveriam definir nao interessam nada. A tomada de pessoas e submissao a práticas bárbaras, a tortura, a prisao sem julgamento sao admissiveis, basta que se deslocalize a prática. Os meios nao interessam, os fins é que interessam e esses nao se sabem muito bem, em histórias conspirativas, em histórias da carochinha apaziguadoras de consciencias. Depende da sensibilidade. Em caso de eczema atópico pode-se acreditar na democracia, o maná.
A execuçao do Saddam Hussein é mais um passo no caminho da vergonha. E ainda relativamente ao Saddam Hussein, o seu julgamento já tinha sido um passo, o processo de apelo mais um passo apressado e as suspeitas que ficam mais uns tantos. Os americanos continuam a afundar-se em erros de julgamento, pensando que a morte do ex-ditador iria acalmar o conflito sectário.
Entre tanta morte e miséria, será que alguém vai aprender algo neste caminho de lodo? Ou vai esta civilizaçao ocidental ignorar as nódoas no que é hoje a fantochada dos seus ideais? A execuçao do Saddam Hussein nao prenuncia respostas positivas.
P.S.: temos novo secretário geral das naçoes unidas. Pensei que a quota de idiotas estava preenchida, mas infelizmente há sempre lugarzinho para mais um.
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