domingo

Quem somos

Nós somos os insatisfeitos
As promessas incapazes de cumprimento
Os que fazem as malas quando a vida é perfeita
Os que amam eternamente num momento
Os que partem corações, principalmente o seu
Os que só querem ser felizes
A vida está a apanhar-nos
Mas nós temos as almas ciganas
Nós somos a geração Z.

9 comentários:

sabine disse...

Sempre que aqui venho fico apensar no quequeras dizer com estes postais sobrea geraçao Z...

abrunho disse...

:-)

O que significa que não és um geração Z.

Um amigo meu vai casar. É uma frase simples, mas tendo em conta que ele, há pouco um geração Z, tem como amigos um monte de gerações Z, o que ele está a fazer anda a provocar convulsões. A maior parte vai ao casamento para ter a certeza que ele vai mesmo fazê-lo. É muito difícil explicar a um geração Z que casar não é um acto que demonstra fraqueza de carácter. A sua veia amorosa é discutida com desdém, a sua incapacidade para viver sozinho vista como uma fraqueza, a sua mania de tratar a namorada por "honey" despoleta imensos olhares de troça. Eu ando em campanha de defesa. Além disso, sinto-me apreensiva. Para um geração Z, longo prazo é coisa que somos incapazes de concretizar. Ainda que o queiramos. Ser um Z é estar à deriva. Aquele meu amigo ou não é geração Z ou vai cometer um erro. Obviamente, desejo-lhe a primeira.

Disto nasceram os meus postes.

abrunho disse...

Talvez um Z tenha prazo de validade ou talvez não.

abrunho disse...

Talvez sejamos só um monte de imaturos?

sabine disse...

Mas esse teu amigo tem que idade?
Sinceramente sinto-me imatura às vezes nao em relaçao ao casamento (nem sequer tenho namorado) mas em relaçao à vida: ainda vivo em casa dos meus pais, ainda estou a estudar, estou a prolongar o maximo a juventude/adolescencia que ja quase desapareceu...

abrunho disse...

O meu amigo tem 29 anos.

A nossa situação é diferente. Nenhum de nós vive com os pais. A independência e autonomia são duas das pedras de toque da filosofia. Além disso, não só não vivemos com os nossos pais, nós tivemos a necessidade de sairmos dos nossos países de origem. A nossa imaturidade ou mania ou essência é a incapacidade de sermos constantes a não ser na nossa inconstância.

sabine disse...

Tenho 28 anos. Ta bem, ja percebi a "especificidade" da coisa (embora me agradasse sair de Leiria e desta vida que hoje tenho).

abrunho disse...

Estar insatisfeito, até dar vontade de coçar, é outra pedra de toque. Talvez a alergia passe. (suspiro)

abrunho disse...

Aos 28 é-se jovem. Mal fora! :-))