Ainda sobre a Concepção Inteligente (CI), ou melhor, os seus apoiantes, fui desencantar o excerto de uma carta de um leitor da "New Scientist" de 9 de Julho de 2005. Na altura achei a questão do Sr. Vasudev Godbole perspicaz.
Porque é que as pessoas têm a necessidade de adoptar este tipo de pontos de vista?
Um engenheiro que construa um avião que voe de Londres a Nova Iorque sem piloto é mais inteligente que um engenheiro cujo avião necessite de piloto. Contudo, os passageiros provavelmente sentir-se-ão melhor viajando no segundo tipo de avião. Da mesma forma, o Deus que crie a evolução sem necessidade de mais intervenção é mais inteligente que o Deus cuja criação necessite de supervisão e manutenção constante. Talvez as pessoas se sintam mais amadas pelo segundo tipo de Deus e, proveniente de um sentimento de gratidão, declaram que este é o mais inteligente.
Este problema psicológico está na raiz da maior parte da hostilidade dirigida aos evolucionistas pelos apoiantes da CI. (...) "Como se atrevem a negar ou a comportarem-se com ingratidão para com um Deus protector?" - esta é a questão amarga que eles fazem. Estão 110% seguros de que o Deus que intervém a cada meia hora é mais carinhoso e protector que O que só intervém no infinito. No âmago psicológico dos apoiantes da CI isto é que os motiva e impulsiona para a ridicularização e demonização dos evolucionistas.
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