Encontrei no blogue da literatura um texto sobre um dos meus livros preferidos de sempre Até ao Fim do Vergílio Ferreira. Li-o ainda andava no liceu, num grande Verão, pois lembro-me ainda dos pensamentos de Cláudio (o narrador e personagem do livro) soprados pela brisa fresca dos fins de tarde em que a natureza acorda do estertor agonizante do calor. Foi um período de puro prazer contemplativo e o livro ficou-me afeiçoado na memória. Como sempre não a história, passo a passo, mas o que senti.
Quando vi então a entrada entitulada "Limites da Perfeição", de 20 de Julho, e me dei conta do assunto, parei como a receber notícias de um velho amigo. O livro é uma conversa de Cláudio com Cláudio, um traçar da sua vida até à vida do filho Miguel, que jaz morto ali perto. Não se diz como Miguel morreu, mas sabe-se que a sua morte não foi "natural". Miguel fez algo e morreu.
Pois o Sr. João Paulo Sousa, autor da entrada, concluiu que Miguel morreu após ter "atentado" um ataque terrorista. Eu, quando o li, pensei que o Miguel tinha morrido de toxicodependência. Haverá melhor maneira de saber que um novo tempo se desenhou após o 11 de Setembro?
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